A OSome Studio está de volta com The Smurfs 2: The Prisoner of the Green Stone. Com publicação assinada pela Microids, o jogo é uma continuação que não demanda nenhum tipo de conhecimento prévio do anterior.
Estruturado como um game de ação e aventura, The Smurfs 2 me lembrou da época de ouro do PlayStation 2 onde praticamente a cada semana diversos jogos licenciados eram lançados com o único propósito de divertir. A filosofia de The Prisoner of Green Stone é exatamente essa. Proporcionar uma baita dose de diversão dentro de uma das IPs mais famosas do mundo!
Se aconchegue e vem comigo nesse review de The Smurfs 2!
Um novo perigo
Como quase toda aventura dos Smurfs, nossa jornada começa com Gargamel roubando uma Pedra Verde misteriosa. Os Smurfs se juntam e partem para recuperar a Pedra até que um acidente acontece e um ser misterioso surge de dentro do objeto.
Chamado de Stolas, uma poderosa e gigante criatura mágica, a liberação do ser mágico causou uma corrupção em todo o mundo, fazendo com que cristais e seres agressivos despertassem.
Diante de uma ameaça sem precedentes, algo inusitado aconteceu: os Smurfs se aliaram com Gargamel para colocar um fim na ameaça. Apesar de não estar dublado em nosso idioma, os textos de The Smurfs 2: The Prisoner of the Green Stone estão localizados em PT-BR, facilitando o entendimento da narrativa e dos divertidos diálogos que acontecem entre os personagens ao longo do jogo.
De maneira similar ao anterior, temos três cenários principais que são divididos em subáreas e desafios escondidos em cada fase que aumentam o fator replay do jogo. A aventura leva cerca de 10 horas para ser jogada do início ao fim e o 100% deve levar entre 15 a 20 horas, uma ótima duração para um jogo desse tipo!
Cada cabeça, cada um
The Smurfs 2: The Prisoner of the Green Stone conta com um gameplay bem diverso e responsivo, muito pela presença de múltiplos personagens jogáveis. Cada Smurf tem uma habilidade especial que pode (e deve) ser aprimorada.
Tormenta por exemplo é capaz de usar seu Arco causando um dano devastador em um único inimigo. Além dela, temos outros três Smurfs jogáveis com habilidades próprias.
O loop de gameplay é regido pelo Smurf-O-Mix, uma geringonça criada pelos Smurfs que, com o auxílio de Gargamel, passa a funcionar como uma arma de longo alcance capaz de atirar diversos tipos de munições.
A Pedra Verde funciona como uma metralhadora que obviamente dispara pedras. A Substância Empurrante funciona como um lança-granadas, a Substância Agarrante dispara uma rajada de eletricidade que gruda os inimigos, já a Grudante dispara uma gosma de mel que fixa os inimigos no lugar.
Todos os tipos de munição podem ser aprimorados até o Nível 5, abrindo uma árvore de efeitos passivos com 8 opções. Só podemos ativar 4 opções de maneira simultânea, o que gera um leve ar de build pra quem gosta!
Os upgrades são realizados com dois tipos de recursos: as armas são aprimoradas com Essências da Nulidade, cristais que são obtidos ao derrotar os inimigos e liberar a corrupção do mapa. Já as habilidades especiais das armas e de cada personagem são liberadas com Gemas da Nulidade, recursos especiais obtidos ao sugar plantas especiais e ao concluir Desafios.
Por falar em Desafios, eles funcionam como espécies de arenas com temporizador onde precisamos derrotar uma certa quantidade de inimigos em um tempo limite. As recompensas variam mediante o tempo levado para concluir a tarefa. Os layouts são bem diversos o que afasta um pouco o senso de repetição.
As medalhas de nível Cristal, o mais alto, possuem um tempo bem difícil de ser alcançado, principalmente quando lembramos que se trata de um game destinado ao público infantil. Além das Essências e Gemas, os Desafios também concedem cosméticos que dão um charme a mais ao jogo, permitindo que a gente altere a aparência do nosso Smurf.
O level design está um tanto linear mas é compreensível. Estamos falando de um projeto com um escopo bem mais compacto. Para contornar o “problema”, a OSome escondeu os cristais no fundo do mapa ou em trechos que acabam passando despercebidos pelo jogador, servindo como um incentivo para a exploração. Também temos plantas que concedem Gemas da Nulidade e caminhos para os Desafios escondidos dentro dos troncos.
Senti que a verticalidade poderia ser um pouco mais explorada, ainda mais se tratando de um jogo que flerta com o gênero plataforma. Os puzzles, se é que podemos chamar assim, consistem no uso das diferentes munições do Smurf-O-Mix para fixar plataformas, empurrar pedras e portões e por aí vai. Não é nada impressionante para veteranos, mas, novamente, precisamos levar em conta que se trata de um projeto para uma audiência mais nova, que ainda está iniciando no mundo dos games.
OSome em todos os sentidos
O OSome Studio fez um trabalho impecável em capturar a essência da IP para os jogos. Já havíamos confirmado isso em Mission Vileaf e agora temos a confirmação em The Prisoner of the Green Stone.
Jogando no PS5, não tive nenhum problema técnico, seja em forma de bugs, glitches ou crashes. O desempenho também está bem satisfatório, mas isso era esperado pelo escopo e demanda técnica do jogo. Ele não pede muito do hardware do console. Por conta disso, os loadings estão quase inexistentes.
Visualmente falando, existe espaço pra melhorias. Não que o game seja feio, longe disso, mas o trabalho artístico ainda pode melhorar, principalmente no que diz respeito ao design das criaturas inimigas. A boa variedade de cenários ajuda a contornar um pouco a situação. Outro ponto que deixa a desejar é na trilha sonora, que passa praticamente despercebida o jogo inteiro.
Para a minha grata e feliz surpresa, The Smurfs 2: The Prisoner of the Green Stone usa os recursos do DualSense. Apesar de não ser uma aplicação nível Astro’s Playroom, o recurso geralmente é deixado de lado em projetos menores, logo, fiquei feliz que a OSome teve esse cuidado. Outro ponto digno de menção é na enorme responsividade dos comandos. Esse fator é crucial em games de plataforma e fico feliz em dizer que o trabalho feito em The Smurfs 2 está excelente.
Review de The Smurfs 2: The Prisoner of the Green Stone – Vale a Pena!
Se você gosta de jogos de plataforma ou games licenciados completamente focados na diversão, The Smurfs 2: The Prisoner of the Green Stone é uma ótima pedida. Ele é bem honesto com sua proposta e escopo, entregando um feijão com arroz saboroso e que honra o legado de uma IP tão prestigiada.
- Narrativa
- Jogabilidade
- Conteúdo Secundário
- Visuais
- Som
- Desempenho