Total war: Warhammer 3 teve um ano bem ativo, com a primeira DLC de 2024, a Shadows of Change, recebendo criticas fervorosas pela sua falta de conteúdo e preço abusivo se comparado às outras dlcs lancadas em 2023, junto disso com o fracasso absoluto de Hyenas, jogo que estava sendo desenvolvido no mesmo estúdio, resultou numa desconfiança e desanimo por parte do público com o futuro de Warhammer 3.
Entretanto, após balanceamentos, ajustes de preço, inclusão de conteúdo grátis e principalmente o lançamento incrível da DLC seguinte, Thrones of Decay, os ânimos voltaram a tona e a esperança pela próxima e ultima DLC de 2024 estava nas alturas. Será que Creative Assembly teve apenas uma mare de acertos passageira ou temos em mãos mais uma DLC incrível com Omens of Destruction? Venha descobrir.
Os Demônios de Khorne
Essa DLC, como de costume, trouxe novidades para três raças diferentes, e que no fim das contas são também bem parecidas entre si: São agressivas, gostam de guerrear a todo momento e enfrentar inimigos no corpo a corpo.O foco maior dessa DLC nessa vez ficou para os Demônios de Khorne, um dos quatro Deuses do chaos, representando a destruição e sanguinolência, recebendo dois novos lordes lendários.
O primeiro deles, adquirido se comprando a DLC, é U’zhul Caça-Crânios, campeão de Khorne, Carrasco de Reis e o maior Bloodletter que já existiu. Caça-Crânios percorre o mundo atrás de seres poderosos, os vencendo em duelos e coletando seus crânios no campo de batalha, colocando-os em sua robusta capa e assim sugando a energia de seus antigos donos.
Caça-Crânios, sem surpresas, traz essa costume macabro como sua mecânica principal no jogo, no qual enfrentando e derrotando certos inimigos especiais o concede efeitos espaciais e poderosos para si e seu exército.
O segundo lorde, entregue gratuitamente para todos os jogadores, é Arbaal o Nunca-Derrotado, conhecido como o Destruidor de Khorne, um mortal campeão do chaos que destruiu exércitos de elfos e aniquilou dragões por milênios, sem ter sido derrotado uma vez sequer. As bênçãos do chaos tornaram Arbaal um guerreiro extremamente poderoso, mas não importa em quantas batalhas ele tenha triunfado, se e quando Arbaal saborear finalmente o amargo sabor da derrota, nada sobrará do infame guerreiro, apenas um mero monstro do chaos sem vontade e desprovido de razão.
Arbaal tem como mecânica única os Desafios de Khorne, várias batalhas espalhadas pelo mapa que servem para provar o quão invicto é o Destruidor, liberando bônus para sua facção e exércitos a cada batalha vencida. Arbaal também tem uma mecânica pequena, mas bem aplicada a si, caso o jogador perca uma batalha o controlando, temos a opção de continuar jogando com o título de “O derrotado”, recebendo algumas punições pelo resto da campanha ou desistir completamente do jogo.
Admitidamente, as novas unidades para Khorne foram meio redundantes, mas ja era esperado, visto que é uma raça 100% focada no combate corpo a corpo, mas a adição de Khornegors é muito bem-vinda, já que também poderão ser recrutados por outras raças como os Homem-bestas.
Os reinos-ograis
Come-homens Golfag é um dos novos lordes, considerado por muitos o ogro mais famoso de todos os tempos, responsável por dar a fama de mercenários a todos os de sua raça pelo velho mundo, dono de uma riqueza absurda e de um apetite maior ainda, Golgfag atravessa nações em busca de contratos e refeições extravagantes, não importando suas origens.
Golfag traz consigo um sistema ainda mais profundo de contratos se comparados aos outros Lordes Ogros, chamado de contratos de mercenário, possibilitando aceitar ajudar outras facções em troca de ouro e carne, fortalecendo os acampamentos e resultando em um estilo de jogo bem único a Golfag, não focando em conquistar cidades, mas sim em ter exércitos e acampamentos por todo o mapa, aceitando contratos e saqueando mundo afora.
Sobre as novas unidades, recebemos monstros gigantes como os Thundertusks e infantaria pesada com os Yhetees, mas surpreendentemente minha unidade preferida dos Ogros nessa DLC foram os humildes piggyback riders, gnoblars (espécie parente dos goblins) montados nas costas de outros gnoblars, empunhando lanças de madeira e escudos caindo aos pedaços, mas que até cumprem um nicho específico que os ogros mão tinham, sendo unidades anti-montaria com suas lanças.
Os Pele-verdes
Os pele-verdes sempre foram uma das minhas raças preferidas em Warhammer, e Gorbad Garra de Ferro, conhecido como “U Grandi Lider” e o Ork que quase destruiu por inteiro o império dos homens no velho mundo, traz consigo uma das poucas coisas que eu sentia falta nessa Raça: um Lorde capaz de construir exércitos mistos de pequenos e ágeis goblins e brutais e enormes orks. Gorbad consegue fazer isso por ser bem inteligente (comparado a outros pele-verdes), não apenas dependendo de números e ignorando estratégias e guerreiros mais fracos, mas utilizando disso para surpreender seus adversários.
Isso reflete na gameplay do Gorbad com sua mecânica especial: U Plano, no qual ele pode liberar diversos e poderosos efeitos para seus exércitos, dependendo das unidades que os compõem, incentivando não apenas exércitos especializadas como já tínhamos antes, mas também com grandes variações para liberar os efeitos de nível maior.
As novas unidades dos pele-verdes são provavelmente as minhas preferidas, com destaque especial para os Squig Manglers, praticamente bolas de carne irracionais e selvagens que destroem tudo pela frente, e o tão aguardado Squig colossal também não decepcionou.
Review de Omens of Destruction: Vale a Pena?
A Creative Assembly acertou novamente na qualidade da DLC. Todos os lordes são divertidíssimos e as mecânicas e reworks gerais que chegaram nesse patch também estão ótimos.
Algumas pequenas reclamações que cabem nessa conclusão é a falta de mudanças nos lordes mais antigos dos pele-verdes e as unidades que recebemos para Khorne não foram tão impactantes, mas nada que atinga a qualidade geral da DLC.
- Narrativa e Lore
- Jogabilidade
- Desempenho
- Visuais
- Som