Trifox é um jogo de ação e aventura em plataforma onde controlamos uma raposinha simpática. O objetivo que motiva a jornada do game é recuperar o item mais importante para Trifox, o controle remoto de sua televisão. Apesar de ser focado no público infanto-juvenil qualquer uma pode se divertir com o título, mas é claro, se não se importar com a repetição e um combate não tão refinado. Acompanha com a gente essa análise e venha saber o que eu achei mais detalhadamente do game.
História de Trifox, a raposa
Essa acredito ser a parte menos importante em Trifox, como dito, o que motiva os acontecimentos do título foi o roubo do controle remoto da televisão da raposa, que sai em busca do seu item perdido. A história, por não ter personagens falantes, acaba se resumindo ao objetivo principal e poucas interações entre os personagens, que não são marcantes e sem papéis de destaque. Entendo a premissa do jogo focar na gameplay e ambientação, mas senti falta de uma maior relevância pra narrativa, poderiam ter feito com que o jogo fosse menos esquecível.
Jogabilidade
Bom, chegamos na parte que na minha opinião, é o maior destaque e defeito de Trifox. Claramente a Glowfish Interactive, desenvolvedora do game, tentou trazer o foco para a gameplay, e de certa forma conseguiram. No game devemos escolher entre três classes iniciais, engenheiro, mago e guerreiro. As duas primeiras tem o foco no combate a distância, sendo engenheiro a utilização de habilidades e armas que atacam por você, e o mago poderes que refletem a nomenclatura. Como prefiro o combate corpo a corpo, escolhi a terceira habilidade, guerreiro. Sinceramente, apesar de algumas animações interessantes, a gameplay acabou ficando bem maçante, pois os inimigos eram pouco diversificados e só tínhamos a opção de um único ataque durante todo o início do jogo.
Apesar da escolha por uma classe no início de Trifox, você poderá trocar entre elas tranquilamente. O jogo possui um lobby de habilidades onde gastamosas moedas que conquistamos durante as fases disputadas. O único problema é que essas habilidades não são muito bem entendidas no momento que você precisa comprá-las. E geralmente você precisa gastar quase todas as moedas que conseguiu na última fase, fazendo com que uma escolha errada seja uma dificuldade para a progressão.
Outro ponto um pouco incômodo também é como conseguir essas moedas, você precisa quebrar baús, e em cada baú são necessários no mínimo 2 hits para abrir, a repetição acaba fazendo sentir cansaço muscular no dedo, afinal, você também usa o mesmo para atacar os diversos inimigos. Combinado com a câmera que é isométrica e pouco assertiva, algumas partes são bem complicadas.
Desempenho
Se tratando de desempenho, utilizei a plataforma PlayStation 5 para a análise e foi extremamente satisfatória. Os frames ficaram estáveis em todos os momentos, mas o game também não é tão exigente. Em relação a bugs, também não encontrei nenhum além dos comuns visuais, a otimização de Trifox é de excelência.
O único ponto que citaria são os loadings, por serem uma equipe pequena, podem não ter se atentado a isso, mas sempre que entravamos em um portal uma tela de carregamento era mostrada, o que acaba causando uma quebra de imersão.
Visuais
Trifox é muito competente graficamente e artisticamente, colocaria esse como o ponto mais forte do título. Os inimigos, apesar de não muito variados por mundo, são bem desenhados. As ambientações são lindas e vivas. A paleta de cores utilizada no game me agradou muito, gosto de jogos plataforma em que a equipe tenha esse cuidado.
As magias são bem apresentadas e bonitas, é realmente satisfatório ver as habilidades e poderes visualmente. O gráfico cartonesco é bem feito, apesar de animações, você consegue sentir os personagens bem palpáveis e vivos. Dando uma rápida passada pela composição, a trilha sonora do game é bem esquecível, confesso que mesmo após horas de jogatina só me lembro da música que anunciava alguma ação, bem genérica.
Conclusão
Trifox é um jogo que vai te trazer a diversão que procura, ele é bonito, carismático e tem boas opções de gameplay. O ponto mais crítico são as repetições e a falta de peso no combate. A variação inicial é fraca, mas enquanto caminha na história você vai desbloqueando habilidades interessantes. O game, que é muito inspirado nos clássicos de plataforma, consegue trazer bem esse sentimento. Por diversos momentos me senti jogando uma variação de Crash Bandicoot, ou mais atual, Super Lucky’s Tale…enfim, um misto de nostalgia com atualidade.