Não é de hoje que os Roguelites se tornaram populares e buscam inovar com novas mecânicas implementadas para agradar ainda mais jogadores, principalmente para aqueles que possuem uma certa dificuldade com o gênero. Morrer faz parte do processo e é isso que torna a jornada ainda mais épica, assim como acontece em Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy! Em busca de aumentar o fator replay e tornar a exploração ainda mais justa, este novo RPG conta com a utilização da técnica da geração procedural. Caso você não saiba, esta técnica consiste em criar cenários e ambientes novos para o jogador explorar toda vez que morre ou inicia um novo jogo, ou seja, sua experiência será diferente toda vez que começar a jogar! Pensando nisso e colocando essas técnicas em prática, será que Unexplored 2 é capaz de atrair o jogador com um combate único e com uma história impactante? Então puxe a cadeira e entre em um novo mundo onde tudo pode mudar!
Um agradecimento mais do que especial para a Ludomotion e a Big Sugar por terem fornecido a cópia do game em acesso antecipado para que esta análise pudesse acontecer!
O que é Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy
De maneira resumida e ao mesmo tempo completa, Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy coloca o jogador na pele de um herói que tem como principal objetivo destruir o cajado de Yendor e interromper a praga que está corrompendo o planeta. É claro que durante essa busca incessante, diversos inimigos que serão gerados proceduralmente estarão habitando o vasto mundo do game. Mesmo assim, será necessário que o jogador esteja preparado para derrotar certos inimigos, se alimentar, conseguir novos itens e dormir já que toda vez que morremos o mundo é reiniciado. Embora esta técnica pareça inovadora, muitos jogadores não estão acostumados e podem desistir caso busquem uma dificuldade moderada.
O combate é “esforçado”
Com boas intenções, o combate de Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy se “esforça” para atrair o jogador. Durante os primeiros minutos e a apresentação do tutorial, confesso que não senti uma conexão positiva mas que isso foi mudando conforme tive acesso as novas regiões de Haven. Durante nossa gameplay, é possível selecionar armas de curto e longo alcance, além da magia que será extremamente importante para áreas que possuem muitos inimigos. Talvez o combate não seja o grande destaque e o elemento principal de Unexplored 2, porém, notei que o personagem é extremamente lento e muitas vezes parece não ser tão responsivo. Este pode ser um grande erro por se tratar de um Roguelike/lite que exige uma resposta rápida em seus movimentos.
Level Design e Gráficos de tirar o chapéu
Não será necessário se tornar um expert em gráficos para se surpreender com Unexplored 2! Começando pelo Level Design de tirar o fôlego e com lindos biomas, o jogo consegue mesclar tudo isso e ainda dar vida com inúmeros objetos e itens espalhados em um mundo procedural. Felizmente, esse é o grande destaque do título e o que pode acabar tornando um grande atrativo para uma futura compra.
Vale ressaltar que o game possui uma identidade única e pouco explorada por outros Roguelikes. Embora muitos utilizem o cartoon, a Ludomotion conseguiu explorar paisagens fenomenais e abusar do 2.5D em uma dose perfeita.
Trilha Sonora
Embora não seja tão marcante como a trilha sonora de outros roguelikes/lites, Unexplored 2 conseguiu utilizar perfeitamente os barulhos dos inimigos do cenário, mesclando com músicas harmônicas que podem ser apreciadas ao explorar e coletar recursos para fortalecer o seu personagem. Músicas tão leves que relaxam mesmo após combates frenéticos e momentos de descanso do jogador!
Desempenho
Se tem algo que me deixou extremamente decepcionado em Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy é o desempenho do game rodando no Xbox Series X. Em diversos momentos durante minha gameplay pude notar quedas bruscas de Frame, principalmente em áreas com maior número de NPC’s, inimigos e objetos. Vale ressaltar que o teste foi realizado nos consoles e pode não ser o mesmo desempenho dos PC’s.
O combate em alguns momentos deixou a desejar devido a lentidão do personagem e as bruscas quedas de frame que o game sofria. Claro que isso não ocorre o tempo todo mas pode ser um verdadeiro desastre em momentos cruciais de sua progressão.
Falta de Legendas em PT-BR
A falta de legendas em Português do Brasil é apenas mais um dos motivos para não indicar o game para os jogadores que não entendem outro idioma. Embora o jogo não possua uma história rica em detalhes, este sem dúvidas poderá se tornar um grande problema para a leitura dos itens no inventário, bem como as habilidades, armas e NPC’s que fazem parte do game. Fico triste que muitas empresas acabam deixando o Brasil de lado em muitos jogos que tinham um grande potencial para se destacar por aqui 🙁
Vale a pena jogar Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy MAS ESPERE!
Apesar de contar com mais erros do que acertos, Unexplored 2- The Wayfarer’s Legacy não deixa de ser um jogo atrativo para muitos jogadores. A exploração em um vasto mundo deu um “brilho” a mais mesmo com alguns problemas em seu desempenho final. Por fim, mas não menos importante, caso você esteja ciente dos problemas e pretende comprar mesmo assim, saiba que o game irá divertir o jogador com um ambiente vislumbrante e com um alto Fator Replay. Recomendo comprar Unexplored 2 – The Wayfarer’s Legacy em uma futura promoção ou após a correção de problemas relacionados ao desempenho (versão console).