Neste review de Wuchang: Fallen Feathers, um novo soulslike chinês, você vai saber se o novo jogo da Leenzee vale seu tempo e dinheiro ou não.
O estúdio começou as atividades em 2016 e esse é o primeiro grande projeto da equipe. A publicação fica a cargo da 505 Games, publisher que lançou recentemente Blades of Fire.
Wuchang: Fallen Feathers está em produção desde meados de 2021, ou seja, o jogo teve 4 anos de produção. Em 2022 a Leenzee lançou seu primeiro gameplay com 18 minutos de duração, mostrando um pouco mais da jogabilidade e mecânicas do jogo, mas a recepção da comunidade não foi das melhores, principalmente dos gamers mais assíduos do universo Soulslike.
Isso não porque o game parecia ser tecnicamente ruim, mas porque a jogabilidade, inclusive certos efeitos sonoros, animações e cenas eram muito parecidos (ou idênticos) aos jogos do universo Souls da Fromsoftware.
Isso fez com que muitos gamers criticassem o estúdio por não ter dado uma personalidade própria ao jogo. Basicamente acusaram o Wuchang de ter uma gameplay genérica de Soulslike, copiando muitos dos aspectos de jogos como Sekiro, Bloodborne e Dark Souls. E, aparentemente, os devs ouviram a própria comunidade, pois de lá pra cá, Wuchang teve grandes mudanças em sua gameplay.
A história
A história do Wuchang: Fallen Feathers se passa na China antiga, ambientada durante a dinastia Ming. O jogo te coloca na pele da Wuchang, uma guerreira que acorda misteriosamente em uma caverna sem se lembrar de absolutamente nada e com várias plumas brilhantes nascendo em seu braço.

No decorrer do jogo, Wuchang irá descobrir que uma praga conhecida como “Plumagem” está acometendo muitas regiões da China, e inclusive ela mesma está infectada com a doença que muitos acreditam ser uma maldição trazida por demônios antigos.
A Plumagem tem como efeito inicial deixar o hospedeiro febril e causando amnésia, perdendo toda a sua memória. Já em um estágio mais avançado, a plumagem faz com que seus hospedeiros fiquem agressivos, atacando todos que aparecem em sua frente e podendo se transformar em monstros.
Curiosamente, Wuchang não foi afetada por esses efeitos, com exceção da amnésia, além de aparentemente conseguir dominar os poderes mágicos que a plumagem trouxe. Seu objetivo então será recuperar as memórias e lembranças da Wuchang, enquanto tenta descobrir o que provocou a praga da Plumagem e como pará-la, isso tudo em meio a um China dividida pela guerra.
Você terá então que desbravar e derrotar vários inimigos e demônios para conseguir completar seu objetivo e finalmente descobrir que a Wuchang é.
Mecânicas e jogabilidade
A gameplay do Wuchang é tudo que se espera de um Soulslike. O jogo tem uma ambientação linda, uma personagem forte e belíssima inspirada em obras Wuxia, muitos elementos de RPG e, é claro, muitas bossfights frenéticas. A gameplay começa de maneira bem cadenciada, apresentando principalmente os tutoriais básicos da maioria das mecânicas do jogo como movimentação, comandos de combate, conjuntos de equipamentos e habilidades e utilização de itens.
Eu gostei que logo no começo eles fizeram que nem no Elden Ring onde você entra em uma arena para enfrentar um boss extremamente difícil de vencer, principalmente para os jogadores novatos no Soulslike, basicamente para te apresentar mais algumas das mecânicas de combate, inclusive a mecânica de morte do jogo, mostrando o que acontece ao você morrer.

E para vocês que ficaram curiosos para saber se eu consegui derrotar o boss e o que ganha caso você vença ele, infelizmente eu não consegui abater o chefe e também fiquei sem saber o que ganharia se conseguisse fazer essa proeza.
Depois disso, os primeiros chefes que você vai enfrentar serão bem tranquilos, servindo como uma espécie de tutorial. Isso dá uma falsa impressão de que o jogo vai ser um passeio, afinal, a dificuldade escala em um nível absurdo.
Cada cenário que você for explorar terá características distintas, incluindo armadilhas posicionadas de maneira diabolicamente maldosas e inimigos especiais que podem ser até mesmo mais insuportáveis que alguns chefes.

Só para vocês entenderem um pouco melhor, existe um mapa de gelo com várias minas terrestres que ficavam muito bem camufladas na neve e ficavam posicionadas estrategicamente em lugares que os devs sabem que você vai passar.
Perdi as contas de quantas vezes eu morri explodido nesse mapa. Além disso você irá encontrar nesse jogo muitos daqueles inimigos que ficam escondidos nos cantos de corredores que você não tem visão nenhuma e quando você passa, eles fazem um ataque surpresa, dando aquele jumpscare gostoso, além também daqueles inimigos que te agarram, causando muito dano.
Não só isso, vocês irão encontrar também cenários com poças de veneno, gases que causam efeito de maldição, provocando morte instantânea, precipícios, entre muitos outros desafios. Alguns jogadores poderão dizer que isso foi uma forma “preguiçosa” que os devs acharam para criar uma dificuldade artificial na gameplay, porque eles realmente pesaram a mão nisso, mas acredito que isso vai da percepção pessoal de cada jogador, então vai ter quem goste e também quem não goste.
O jogo possui um mundo semi-aberto, mas apesar disso os cenários são bem grandes e possui várias bifurcações, inclusive lugares secretos, que você poderá explorar para conseguir itens, armas e armaduras especiais e até mesmo lutar contra chefes secretos opcionais. Tem certo ambientes que são tão grandes e possui tantos caminhos que se torna bastante fácil de se perder, e isso aqui me leva ao primeiro grande ponto negativo que encontrei no Wuchang: O jogo não tem um mapa interativo.
Essa aqui inclusive foi a mesma reclamação que fiz na review do Black Myth: Wukong que também é um mundo semi-aberto com ambientes enormes e que inicialmente não tinha mapa, mas algum tempo depois teve uma atualização onde os devs adicionaram um mapa interativo ao jogo.
E aqui no Wuchang basicamente é o mesmo problema. Um jogo enorme com cenários gigantes e cheios de itens e equipamentos secretos, sem falar dos NPCs e suas sidequests tem que ter um mapa interativo para que você possa conseguir se localizar.
Muitas vezes me peguei perdido nos cenários ou perdendo muito tempo para localizar NPCs que eu já havia encontrado e iniciado suas quests, porém não lembrava direito onda havia encontrado eles ou o caminho. Então realmente foi um pecado não terem colocado um mapa interativo.

E acredito que isso levou ao próximo problema do jogo que é o de level design que na minha opinião, deixou a desejar. Como eu disse antes, é muito fácil você se perder no Wuchang, não só por não ter o mapa interativo, mas porque o level design é confuso, te deixando completamente perdido de qual lado você veio e para qual lado você deve ir.
Muitas vezes me peguei dando voltas no mesmo lugar, procurando o caminho certo para continuar a história ou para chegar em um local específico por conta de algum item ou quest.
Sobre a movimentação do jogo, eu achei ela dinâmica, porém com algumas ressalvas. Um dos pontos que mais me incomodou no game é que ele não tem comando de pulo. Você simplesmente não consegue pular e eu acho isso problemático em um jogo RPG, e principalmente em um RPG Soulslike.
Isso porque não ter mecânica de pulo meio que engessa sua movimentação, com alguns lugares que você acaba não tendo acesso ou tendo que dar a volta ao mundo para ter acesso simplesmente porque você não consegue pular.
Além disso, o comando de pulo em bossfights pode ser mais um recurso que você tem, tanto para se defender e esquivar de alguns ataques, como realizar ataques que causem maiores danos aos chefes. Vou trazer novamente o Elden Ring como exemplo onde tinham builds inteiras baseadas em dano com salto.
Outro ponto que me decepcionou um pouco foi que o Wuchang não tem mecânica de furtividade, algo que já é popularmente conhecido no gênero. Aqui ele mantiveram apenas a mecânica de ataques furtivos de locais elevados, porém não é dessa mecânica que estou mencionado aqui, e sim da movimentação em furtividade propriamente dita.
muitas vezes encontrei situações com inimigos complicados que eu conseguiria surpreender eles pelas costas indo aguachado e tirar vantagem da furtividade para realizar uma finalização. Mas como não tinha a mecânica, tinha que enfrentar eles no mano a mano e muitas vezes me dando mal por não estar tão bem upado ou bem equipado. Então acredito que não ter a furtividade foi um tiro no pé da gameplay.
Contudo, eu curti muito a gameplay no geral. Ela oferece praticamente tudo que um Soulslike RPG precisa ter.
Com uma jogabilidade que te dá liberdade para explorar os cenários, um combate com diversas armas, armaduras e habilidades, uma história que como todo bom Soulslike é cativante e que prende sua curiosidade, porém que não vai ser contada de forma direta, sendo necessário você prestar muita atenção nos detalhes das interações com os NPCs e alguns itens e uma personagem casca grossa.

Em vez da bonfire, que é a fogueira comumente utilizada na franquias Souls, você terá aqui os santuários. Neles será possível você descansar, que no Wuchang eles batizaram de “Entrar no Sonho”, onde basicamente você descansa, recupera toda a vida e os frascos de HP, mas também todos os inimigos do local voltam a vida.

Você terá também a mecânica do fast travel que aqui é o teletransportar, onde você precisará ativar outros santuários espalhados pelas diversas regiões do jogo. A aba de “Benção” que são glifos que você poderá encontrar durante a gameplay em baús ou derrotando certos inimigos e que poderão conceder novos efeitos especiais às suas armas ao você equipar nelas essas bençãos.

A aba da “Temperagem” que é uma habilidade especial relacionada a plumagem que afeta a Wuchang, onde você poderá equipar Agulhas Ósseas e Agulhas de Pedra, itens que você poderá ganhar de alguns chefes e que poderão liberar novas habilidades especiais ao equipar nesse menu.

Temos também a aba da “Disciplina” onde você poderá equipar e trocar as habilidades especiais das suas armas, além de ler a descrição dessas habilidades e como acioná-las, já que aqui você poderá fazer certos combos que aumentam ainda mais o dano das habilidades.

O Receptáculo do Ímpeto será uma das abas mais importantes pois é nela que você poderá subir o nível da Wuchang e upar seus atributos. O sistema de level up do Wuchang é um pouco diferente dos Soulslike tradicionais.

Aqui você deverá ganhar e acumular o item “Mercúrio Vermelho” que você poderá converter em pontos de atributos no receptáculo e então escolher em qual atributo gastar. A grande questão aqui é que, além dos atributos, você terá muitas habilidades (passivas e ativas) para desbloquear, ainda mais que teremos 5 estilos de armas diferentes para upar que são a espada longa, espada curta, lâminas duplas, lança e machado.
Cada uma com habilidades diversas para você desbloquear, além da árvore de habilidade da Plumagem, que basicamente é a árvore focada em dano mágico e feitiços. Então você terá aqui uma árvore de habilidades enorme que possibilitará que você monte diversas builds diferentes.
E, por fim, a aba de “Invocar”. Eu deixei essa aba por último para poder já trazer uma mecânica nova muito maneira que colocaram no Wuchang. Eles adicionaram nesse jogo uma mecânica conhecida como “Demônio Interior”, onde toda vez que você morre ou mata seres humanoides irá subir a sua condição de Loucura. Enquanto matar inimigos emplumados irá reduzí-la.

A grande questão é que toda vez que você preenche a sua barra de loucura completamente, você irá causar mais dano nos inimigos, porém irá aumentar o seu dano recebido também. Além disso, toda vez que você morrer com a Loucura cheia, um demônio irá despertar no exato local da sua última morte e irá lutar com você.
A grande questão é que esse demônio é extremamente forte e difícil de derrotar, e como você bem sabe, se você morrer de novo sem coletar os seus pontos de experiência que aqui é o Mercúrio Vermelho, irá perder de forma definitiva eles. Então essa mecânica com certeza deu uma boa dinâmica ao jogo. Voltando a aba de “Invocar”, nela você poderá comprar itens especiais ao custo de aumentar a sua Loucura.

Resumindo, eu achei a gameplay do Wuchang bem gostosa, e mesmo com os pontos negativos apresentados, seus pontos positivos conseguem se sobresair e irá te render boas horas de gameplay, que inclusive os devs indicaram que deve levar aproximadamente 40 horas, porém pode facilmente chegar e até passar de 60 horas de jogo, ainda mais se você for fazer todas as sidequests, que teremos muitas também, ou fazer os vários finais do jogo, onde relatam ter mais de 4 finais diferentes.
O combate
O combate do Wuchang, com certeza, é um dos principais pontos fortes do jogo e que vai te manter preso no game. Isso porque você terá 5 estilos diferentes de armas e poderá encontrar vários tipos diferentes dessas armas com habilidades especiais diferentes que irão fazer grande diferença em suas lutas.

Além disso, você ainda terá uma árvore de skills enorme que poderão liberar mais habilidades para diversificar sua dinâmica nos combates. Com isso você poderá montar várias builds e classes diferentes para conseguir se adaptar a qualquer combate difícil que você encontre. Inclusive as habilidades terão variantes que trarão efeitos diferentes para a arma e você poderá escolher qual se encaixa melhor com seu estilo de gameplay.
No combate vocês terão a mecânica do Cintilo e do Poder Celeste que serão fundamentais de entender para facilitar a sua gameplay nas lutas. O Cintilo basicamente é a esquiva perfeita do jogo, que aqui eles optaram por usar o Dash em vez do famoso Roll, e onde toda vez que você se esquivar no momento certo, irá fazer o Cintilo, ficando invulnerável por um breve momento e gerando Poder Celeste.

O Poder Celeste basicamente é a sua energia mágica que você deverá carregar para poder usar feitiços, habilidades especiais das armas e realizar golpes pesados de forma mais rápida e que causam mais dano.
Além do Cintilo, há outras formas de você ganhar Poder Celeste, como alguns combos que você poderá fazer com as armas. A única observação é que essa barra de energia irá ser drenada com o tempo enquanto você estiver fora de combate, o que com certeza tornará a vida dos jogadores que gostam de spammar magia para derrotar os chefes mais difícil.
Teremos também o bloqueio e o parry, uma das mecânicas mais amadas do Soulslike e que será uma das mais importantes no combate do jogo, principalmente caso você não se acostume direito com a esquiva que tem um pequeno delay no final de cada Dash. O parry poderá quebrar vários dos combos mais apelões dos chefes e poderá ser sua carta na manga para se dar bem no Wuchang.

A progressão de dificuldade do jogo também é bem dinâmica. Você vai começar o game enfrentando alguns inimigos bem tranquilo de derrotar, sendo eles mais lentos e com pouca variedade de combos, assim como as bossfights iniciais que serão bem tranquilinhas.
Mas logo o jogo começa a ficar bem dificultoso com uma junção de fatores como cenários com várias armadilhas, chefes mais fortes e apelões e inimigos especiais que muitas vezes tive a sensação de serem mais difíceis de derrotar do que certos chefes.
E falando em inimigos, a variedade deles no Wuchang é muito boa, onde cada diferente cenário irá trazer vários tipos diferentes, cada um com combos e pontos fracos diferentes.
Com isso o jogo fez questão também de colocar diversos conjuntos de armaduras, onde cada uma poderá conferir uma defesa maior aos vários tipos de dano ou a uma resistência de efeito de status específica, e por isso é muito importante que você saiba qual o tipo de dano que o boss causa para poder se equipar com a armadura correta que te proteja melhor.
As bossfights também são bem maneiras, com os combates se tornando cada vez mais frenéticos à medida que você avança no jogo. Os chefes tiveram seu design e movesets bem trabalhados e muitas vezes durante as lutas, logo no início parecia ser impossível vencer certos chefes. Mas com o tempo você vai pegando o tempo dos ataques e entendendo os pontos fracos do moveset do boss, tornando as lutas muito mais fáceis.

Essa sensação de você estudar os ataques do boss e se adaptar, seja gravando seus movimentos ou usando equipamentos que lidem melhor com aquele chefe é extremamente satisfatório, o que na minha opinião deixa a gameplay mais cativante.

Além disso, toda vez que você derrota um boss, irá ganhar um “Eco” dele, que basicamente são feitiços específicos daquele chefe e que agora você poderá usar, o que sempre te deixa na vontade de enfrentar o próximo chefe para aprender novas habilidades.
Agora teve dois pontos que realmente me incomodaram demais durante minha gameplay: A primeira foi que muitos dos santuários ficavam muito longe dos locais onde as bossfights acontecem, o que muitas vezes fazia com que você tivesse que andar muito e, às vezes, enfrentar alguns inimigos no caminho, o que te fazia perder muito tempo e até recursos até finalmente voltar a enfrentar o boss.
O segundo ponto é que eles colocaram um delay para beber a poção de vida extremamente alto. Teve vezes que o boss estava do outro lado do cenário e mesmo assim dava tempo de ele me alcançar antes de conseguir beber a poção. Acredito que isso é um ponto que eles podem tá prestando atenção e talvez alterar em uma próxima atualização.
Ambientação e cenários
A ambientação do Wuchang também é muito bem trabalhada. O jogo possui vários cenários diferentes, cada um com uma estética diferente. Inclusive vários desses cenários terão mecânicas para interagir com a protagonista.
Então, por exemplo, você terá um mapa de gelo onde o ambiente estará tão frio que você precisará se proteger em refúgios ou comer certos alimentos para se aquecer. Você terá mapas com minas tóxicas onde caso você respire por muito tempo esse gás sofrerá morte instantânea, tendo que destruir essas pedras para se mover de forma segura. Alguns mapas terão também poças venenosas onde você precisará evitar andar por elas para não se envenenar.

Esses são só alguns dos exemplos que vocês irão encontrar de interação com os cenários do Wuchang. Os devs também fizeram um excelente trabalho em representar uma China antiga na era de uma dinastia imperialista em meio a uma guerra que divide e aflige o próprio povo.
Você passa pelas vilas e é possível ver pessoas morrendo, seja de fome, pela maldição da plumagem ou pelos exércitos. Ainda é possível interagir com alguns NPCs em suas casas e dá para sentir a tensão deles, pedindo para você os evitar ou fugir do local, às vezes até mesmo com alguns deles dando informações extras.

Então realmente o Wuchang é um jogo que te faz se sentir imerso em sua gameplay. Uma última observação interessante é que o menu inicial é dinâmico e irá mudar sua aparência toda vez que você trocar de um cenário, incluindo até mesmo o traje e arma que você esteja usando. E por mais que isso seja só um detalhe, mostra que o jogo teve um carinho em seu desenvolvimento.

Visuais e desempenho
Os gráficos do Wuchang também são bem bonitos e trabalhados. Ele me lembrou muito os gráficos do Black Myth: Wukong, porém com menos quedas de frames. Tendo sido produzido no motor gráfico da Unreal Engine 5, que é o mais atual da família, com certeza gerou um impacto muito positivo em sua qualidade gráfica e desempenho finais.

E falando em desempenho eu não tive problemas com frame rate no jogo. Na minha gameplay eu estava jogando em um Playstation 5 base com o modo desempenho alcançando 60 FPS. Mas foi informado que a Leenzee otimizou o game para o PS5 Pro e agora o console poderá usufruir de até três modos diferentes: Qualidade, equilibrado e Desempenho, alcançando, respectivamente, 60, 70 e 80 FPS.
Trilha sonora
A trilha sonora é a cereja do bolo no Wuchang. As músicas, juntamente com a ambientação, te fazem se sentir mais imerso ainda em sua gameplay. A trilha sonora durante a exploração e combates te fazem se sentir realmente explorando uma China antiga lutando contra o exército Ming e monstros emplumados em um cenário com aquele toque sombrio bem vindo em qualquer Soulslike.

Review de Wuchang: Fallen Feathers – Vale a Pena?
Wuchang: Fallen Feathers não reinventa a roda dos soulslike. Ele segue a receita de bolo que todos já sabem que funciona muito bem, porém com algumas ressalvas. O jogo possui problemas técnicos que com certeza impactaram em sua análise e, consequentemente, em sua nota final. O level design é uma grande problemática com uma progressão que se torna confusa enquanto você avança no jogo. E ter um level design de qualidade é um dos principais pilares em um Soulslike.
A situação é piorada com a falta de um mapa interativo para que o jogador consiga se localizar nos cenários e saber qual o próximo caminho que deverá ir ou descobrir algum local que ainda não tenha visitado. Algumas mecânicas de jogabilidade também deixaram a desejar, como a falta de um comando para pulo/salto, o enorme atraso que tem para usar alguns consumíveis e itens, assim como o delay para beber a poção. Aspectos técnicos esses que podem prejudicar a experiência de gameplay do jogador.

Contudo, os pontos positivos do jogo conseguiram se sobressair dos negativos. Junte uma gameplay com chefes insanos, lutas frenéticas, cenários lindos, vários estilos de combate, armas e equipamentos diferentes e uma história, que apesar de não ser contada de forma direta, te deixa curioso para continuar avançando e entendendo melhor a lore e o resultado será o Wuchang, que apesar de ter essas limitações comentadas (técnicas e de jogabilidade) ainda acertou na fórmula para ser um Soulslike de classe.
Wuchang: Fallen Feathers bebeu da fórmula da Fromsoftware e trouxe mais um Soulslike marcante!
Pontos Positivos
- Cenários Exuberantes
- Lutas contra chefes são frenéticas
- Várias opções de builds
Pontos Negativos
- Delay muito alto para beber poção
- Mapa faz MUITA falta
- Não tem opções furtivas
- Sem botão de pulo
- História
- Jogabilidade
- Desempenho
- Visuais
- Som