XEL se trata de um jogo de aventura 3D, em visão isométrica, que foi disponibilizado recentemente no PS5. O game é protagonizado por uma jovem que cai em uma nave em um planeta desconhecido e percebe que está sem memória. Esse planeta mistura uma natureza selvagem com restos de uma tecnologia avançada. Ao explorar um pouco esse planeta derrotando alguns inimigos, logo você consegue uma espada e um escudo, estabelecendo assim o núcleo da jogabilidade.
Logo no começo da aventura, conhecemos Desmond, um jovem rapaz que nos leva até Xel, nome da aeronave que serve como lar para todos os humanos do planeta desconhecido. A comunidade estabelecida também atende pelo nome de Xel, liderada por um ancião misterioso.
Existe muito lixo espalhado pelo planeta. O que dentro do enredo do jogo significa meio que a decadência da humanidade. Você busca por sua identidade e por sua memória enquanto explora um mundo devastado, desolado, decadente mas ainda assim cheio de vida selvagem e por isso, bastante perigoso e cheio de mistérios e segredos.
Review de Xel (PS5) – O sofrível desempenho
Antes de avaliar todos os outros aspectos do jogo falarei logo da sua pior parte que é seu desempenho, então é importante frisar que joguei a versão de PS4 no PS5 e isso pode ocasionar em alguns bugs em alguns jogos, como já até aconteceu comigo em um jogo indie chamado Merrily Perrily, me impossibilitando inclusive de zerar o jogo, o que foi o caso em XEL. Primeiramente em transições de cenários as quedas de FPS são constantes e chegam a prejudicar. Os pop-ins de cenários acontecem com frequência, mas até aí nada que prejudique a experiência, apesar de atrapalha-la.
Contudo, em mais de uma situação tive bugs de cenário, precisando fechar o jogo e com isso perdendo progresso e tendo que refazer certas sessões, o que é extremamente prejudicial a experiência, tendo em vista que o jogo não tem salvamento automático, apenas o salvamento manual em save points, então o progresso é sempre perdido quando bugs acontecem. Existem áreas que simplesmente não carregam ficando completamente inacessíveis.
Mas a pior parte mesmo dessa parte foi o fato de depois de 6 horas e meia eu ter ficado impossibilitado de zerar o game porque existe uma área que não carrega, me impossibilitando de avançar, e apos pesquisar vi que era a ultima área do game, restando cerca de apenas uma hora de gameplay para que eu conseguisse zerar, então, acho importante frisar isso desde o começo, MINHA EXPERIENCIA COM O GAME FOI PREJUDICADA PELO PRÓRPIO GAME!
Dito isso…
Gameplay mediano
Por ser um jogo de aventura com visão isométrica, o combate é bastante simples e os comandos são bem diferentes dos usuais, o que da certa originalidade, mas acaba por confundir as vezes, além de exigir o uso de dois gatilhos constantemente, o que pode se tornar cansativo.
Onde o jogo brilha mesmo é na elaboração de puzzles de cenário e backtracking. Explico: os cenários possuem limitações impostas ao jogador que só podem ser resolvidas ou transpostas após conseguir certo item ou habilidade e a medida que você vai conseguindo, a curva de aprendizado e jogabilidade vai escalando, o que dá uma sensação de aprendizado e satisfação. E ainda existe a mecânica de “túnel do tempo” em que em determinadas áreas a protagonista pode visitar aquele lugar específico no passado, porém, apesar de ser algo bem original, fica restrito apenas a resolução de alguns poucos puzzles, e se torna uma mecânica que é desperdiçada e logo esquecida.
O mapa é grande e sua personagem se move devagar, um fast travel seria ideal, porém, se você precisa retornar para a primeira cidade durante uma missão se prepare para fazer todo o caminho de volta, o que pode ser muito enfadonho, pois acontece diversas vezes, então caso pense em fazer o backtracking, tenha disposição para andar. Eu não tive.
O fast travel até fica disponível bem mais na frente no game, e ainda assim ele é muito ruim, pois não se pode viajar para muitos lugares, nem mesmo para save points, apenas para algumas poucas esferas, 5 no total, que estão espalhadas, uma em cada bioma do jogo, porém todas são afastadas de qualquer transição de mapa, o que não facilita muita coisa.
Visuais deixam a desejar
Na parte gráfica é perceptível a falta de orçamento e carinho. Por vezes o jogo parece inacabado. A ambientação é totalmente prejudicada porque tudo é muito genérico e sem alma. Nem mesmo a protagonista recebe um pouco mais de cuidado, fora que em cutscenes a quantidade de pixels parece ate mesmo ser reduzida por algum motivo.
Toda a parte gráfica deixa a desejar, desde os cenários aos inimigos, que inclusive não possuem quase nenhuma variedade. O último boss, por exemplo, é uma versão do primeiro boss, que se repete mais de uma vez durante o game. Semelhante aos visuais, não há muito o que falar da trilha sonora e do design de som, pois são bem genéricos e passam quase despercebidos.
Review de Xel (PS5): Vale a pena?
XEL possui uma proposta de gameplay que se inspira em grandes jogos como zelda, porém que é totalmente esquecida pelos seus visíveis problemas, além de uma proposta de história que brinca com viagem no tempo de uma forma pouco original e que o jogo se aproveita muito pouco disso.
Vale destacar que a versão de PS4 no PS5 está completamente prejudicada pelo desempenho pífio do jogo, e se você gosta desse tipo de game, esteja atento a esse detalhe e tente jogar na melhor versão que seria a de PC. Recomendo esse jogo apenas para os fãs mais assíduos do gênero, porque seu desempenho compromete de forma incisiva a experiência que mesmo em sua melhor versão não é grandiosa.
Sendo generoso, sua nota final é 4.
XEL é uma chance desperdiçada pelos seus próprios criadores que pela má otimização e falta de cuidado fazem com que uma experiência que em suas melhores condições seria mediana mas com um potencial muito bom, se torne algo desgastante e com mais problemas do que deveria, amargando uma jornada falha e se tornando marcante por seus problemas.
- História
- Jogabilidade
- Desempenho
- Visual
- Trilha sonora