É frustrante demais quando esperamos muito por jogos que acabam sendo decepcionantes. Com táticas de marketing cada vez mais agressivas e trailers muito bem montados (como é o caso do primeiro jogo da lista), fica cada vez mais difícil não gerar expectativas em relação a certos jogos.
Veja a versão em vídeo:
Foi pensando nisso que eu resolvi montar essa lista. Antes de continuar, preciso deixar claro que a relação montada por mim é, obviamente, extremamente pessoal. Eu fui o responsável por criar o hype em mim mesmo e no texto te explicarei os motivos e o que levou ao meu desencanto.
7 jogos que foram DECEPCIONANTES
Anthem
Eu estava tão empolgado por Anthem que eu comprei a edição Digital Deluxe na pré-venda. Pois é… Lançado em Fevereiro de 2019, 5 anos atrás, o jogo segue sendo considerado até hoje como um dos lançamentos mais desastrosos da indústria.
O nível foi tão baixo que o game estava até gerando defeitos graves nos consoles, causando uma mancha eterna na então sólida reputação da BioWare, estúdio conhecido pelas suas histórias fantásticas e que havia conquistado o GOTY com Dragon Age Inquisition.
O jogo conseguiu enganar a tanta gente graças a um trailer scriptado exibido na E3 de 2017. O material revelava uma jogabilidade insana, com visuais lindíssimos e o que aparentava ser um desempenho polido. O responsável por esse trailer com certeza foi responsável por duas coisas: garantir a venda de milhões de cópias e igualmente deixar milhões de jogadores furiosos.
Apesar dos problemas técnicos iniciais, eu não desisti do jogo, tendo inclusive platinado ele e me divertido MUITO. É curioso por que a minha maior decepção em relação à Anthem é o abandono do projeto por parte da EA e consequentemente da BioWare.
O título segue com uma jogabilidade que até então ninguém conseguiu replicar. A lore era promissora e os visuais não deixariam nada a desejar mesmo se fosse lançado em 2024. O que matou o jogo e toda a sua comunidade foi a falta de conteúdo.
O projeto infelizmente não contava com uma estrutura de endgame, o que fez com que a comunidade abandonasse o jogo rapidamente.
Marvel’s Avengers
Eu gosto de jogos como serviço, eu adoro games focados em loot e eu sou um grande apreciador da forma em que Hulk resolve seus problemas. Essa combinação me deixou no hype para Marvel’s Avengers, jogo que tinha tudo para dar certo.
Infelizmente, a inexperiência da Crystal Dynamics com games dessa proposta acabou falando mais alto do que qualquer elemento promissor que o projeto tinha. O conteúdo endgame era chato e nada recompensador, a campanha é fraca, com uma Kamala Khan irritante e o sistema de loot é simplesmente uma bagunça.
Eu esperava encontrar um sistema de loot nos moldes de Diablo mas com a roupagem dos Vingadores, contudo, o que eu (e milhões de outras pessoas) encontramos foi o inferno.
Asassin’s Creed Valhalla
Quando a Ubisoft anunciou um jogo no meu setting favorito – um game com ambientação nórdica na idade medieval – o hype foi para as alturas. Isso durou até eu passar dezenas de horas em Assassin’s Creed Valhalla.
Não dá pra dizer que o jogo é ruim, longe disso, mas ele poderia ser uma obra-prima se não seguisse diretrizes absurdas em seu mundo aberto. O mapa é gigantesco, o que por si só não é um problema, mas é preenchido com um conteúdo completamente raso e sem sentido.
A qualidade do roteiro não é das melhores, apesar de algumas missões secundárias serem ótimas. Em suma, o jogo é amaldiçoado pela repetição excessiva em todos os seus sistemas.
Cyberpunk 2077
Falar que Cyberpunk 2077 teve um lançamento problemático é chover no molhado e, por incrível que pareça, essa não é minha maior crítica em relação ao jogo. Eu platinei ele no lançamento, mesmo com as dezenas de crashes e bugs.
O maior ponto de decepção foi com a parte criativa e as atividades secundárias do jogo. Eu esperava um mundo vivo, cheio de histórias para serem descobertas de maneira orgânica e com uma narrativa envolvente e complexa.
Penso que a pedida não era demais, afinal, o projeto antecessor da CD Projekt RED foi The Witcher 3: The Wild Hunt. Infelizmente Cyberpunk 2077 não chega nem perto de entregar uma qualidade similar ao seu “irmão”. O projeto sci-fi não é ruim, mas acabou prometendo demais e entregando pouquíssimo.
Como a empresa pretende seguir firme na IP, quem sabe uma sequência não entregue o projeto que os fãs realmente esperavam.
God of War Ragnarok
Provavelmente a inclusão mais polêmica da lista. Eu tive a feliz oportunidade de cobrir God of War Ragnarok antes do seu lançamento. Dei uma nota alta para ele e no geral, a experiência foi excelente, contudo, no quesito NARRATIVO, eu saí decepcionado.
Com o subtítulo de Ragnarok, eu esperava mais. Nossa, muito mais. O Ragnarok é a destruição de tudo e no jogo da Santa Monica a retratação do “evento” deixa muito a desejar. Até o desfecho do mesmo é pífio. O embate final contra Odin é tão rídiculo que chega a ser uma piada de mal gosto.
God of War era uma franquia conhecida por muitas coisas. É normal se afastar da violência desenfreada do Fantasma de Esparta, afinal, as audiências se tornaram e estão cada vez mais sensíveis. Contudo, um dos bastiões da saga eram as batalhas épicas contra chefes.
Em Ragnarok, o “ato final” da mitologia nórdica, era normal esperar por embates épicos mas não tivemos nada como o confronto inicial contra Baldur em God of War (2018). Além disso, o roteiro apresenta diversos atalhos e inconsistências que chegam a incomodar.
Eu entendo o estúdio querer passar mensagens reais para os jogadores através da caracterização de personagens mas penso que é necessário, quando lidando com franquias, a estar sempre atento ao DNA da saga, coisa que a Santa Monica parece ter esquecido.
Call of Duty: Modern Warfare 3
Eu sou um grande fã de Call of Duty. É a franquia que eu mais joguei na vida (são quase 5000 horas no total pra mais). Dito isso, toda vez que eu penso em Modern Warfare 3, eu penso em oportunidades perdidas.
Esse jogo poderia ser o suprassumo do que é CoD, mas, infelizmente, uma série de decisões erradas o tornaram uma experiência repleta de sentimentos mistos. O multiplayer é MUITO bom, arrisco a dizer que é facilmente um dos três melhores MPs dos últimos 5 anos da saga.
Contudo, os modos Zumbis e a Campanha são tão ruins ao ponto de que seria melhor se eles não existissem. A campanha flertou com o modo DMZ, trazendo uma estrutura mais aberta, o que não ficou nada agradável e fugiu completamente dos elementos que tornaram as histórias de CoD emblemáticas.
E o modo Zumbis acabou seguindo o mesmo caminho – adotando uma estrutura mais aberta em prol da divisão por rounds com eastereggs. Em suma, eles ouviram o que a comunidade queria nessas duas categorias – campanha e zumbis – e fizeram o oposto…
Skull and Bones
Se existissse um dicionário para a frase “potencial desperdiçado”, o sinônimo com certeza seria Skull and Bones. O jogo de piratas da Ubisoft navegou por uma direção totalmente contrária aos anseios dos fãs, entregando uma experiência que mais parece uma tortura virtual.
O combate marítimo não é nem sombra do que vimos em Black Flag, a história é bem qualquer coisa, a customização dos navios deixa a desejar…
Uma grande pena!
Agora conta pra gente, você concorda com a lista? Diz aí nos comentários!