Durante a Brasil Game Show 2022, tivemos a oportunidade de entrevistar a Bitnamic Software, que está relançando grandes títulos pioneiros do mercado brasileiro de games. Entrevistamos, durante o evento, Filipe Veiga e Marcus Garrett que falaram um pouco de suas abordagens no mercado nacional de games e como e investir nesse tipo de produto em 2022. Confira:
A gente sabe que a Bitnamic está trazendo de volta para o mercado alguns jogos mais clássicos e Pioneiros do mercado brasileiro de jogos Independentes, como Incidente Varginha, Alien Holocaust e vários outros. A gente queria entender um pouco lá atrás, quais são os pensamentos que levaram à criação destes jogos?
Bitnamic: Olha, primeiramente nós jogamos esses jogos da nossa infância e adolescência, então é uma coisa que a gente trás lá do passado, né? A vontade de resgatar não só os produtos mas os jogos indies pioneiros como um todo, mas também a história por trás desses produtos e os desenvolvedores que foram pioneiros na época. Então a gente tentou fazer tudo isso, trazer esse pessoal de volta a luz e relançar os produtos com uma roupagem nova, com caixa nova, manual novo e muitas vezes o Filipe que é a pessoa da programação fazendo um menuzinho animado, inserindo uma música para trazer alguma coisa diferente. A ideia é trazer esse resgate para homenagear essas pessoas pioneiras.
A gente observa também que vocês estão fazendo um esforço de preservação geral quando vocês relançam esses jogos. Qual foi a inspiração para isso?
BN: No caso do Incidente em Varginha nós entramos em contato com os autores originais, principalmente ja que esses jogos são muito difíceis de achar em edição física e nós conseguimos falar com os criadores para ter acesso á caixa, CD, manual, e produzimos com ajuda de Desgins reproduçoes para este relançamento. A gente tenta trazer o produto da época de volta, até mesmo com reproduções da mídia do momento histórico, seja cartucho de Atari, disquete de 3,5″ no caso do MSX e CD-ROM no caso do PC, manter essa estética mas adicionando coisas novas também, como alguns menus.
E no meio disso a gente sabe também que existe um boom recente de um mercado de colecionadores, vocês diriam que isso teve uma influência no mercado de vocês?
BN: Os colecionadores foram os primeiros a começar com isso, conservando e armazenando clássicos em suas coleções, além de também começarem a ter preocupação em digitalizar o jogo para que ele seja mais acessível — sendo uma influência e uma grande ajuda em nosso trabalho.
E para o futuro, quais são os planos? Vocês podem falar um pouco sobre para a gente?
BN: Estamos atualizando o Adventure Amazônia para 2022 e além disso também temos vários projetos impressos, como a revista microsistemas e também compilados sobre fliperamas históricos no Brasil, fazendo parte de nosso projeto — preservando os testemunhos de quem viveu a época antes que eles se percam.