O game World of Warships se tornou o grande destaque do BIG Festival com seu estande aberto para o público e os inúmeros navios disponíveis para testar o game. Com uma proposta única de guerra naval, a Wargaming foi capaz de criar uma comunidade imensa e fiel ao longo dos últimos anos.
Com um ano de grandes dificuldades devido a pandemia da Covid-19, os jogos free-to-play marcaram presença nas vidas das famílias brasileiras, devido a impossibilidade de frequentar ambientes lotados, como shoppings e bares. Durante o evento, a equipe da Desconto em Games teve o imenso prazer de entrevistar Gustavo Costa, o produtor de comunidades de World of Warships. Abaixo você irá conhecer um pouco mais sobre o game e suas futuras atualizações:
DG: Primeiramente eu gostaria de agradecer a oportunidade de conceder esta entrevista! Meu nome é Gabriel, eu trabalho com a equipe da Desconto em Games e essa entrevista será disponibilizada no Blog. Você poderia se apresentar para o pessoal?
Gustavo Costa: Meu nome é Gustavo Costa, eu sou conhecido pela comunidade como Maredraco. Eu fui Community Manager do Brasil inteiro, então eu cuido da área latino americana mas eu ajudo também a Austrália, Canadá e Estados Unidos. Eu estou na empresa há 2 anos mas eu tenho 15 anos de indústria, trabalhando na Blizzard, Webzen, MU Online, Ragnarök, tudo que você puder imaginar, inclusive Hello Kitty Online (risos).
DG: Você poderia explicar o que é o World of Warships? Como ele funciona, seu sistema, mecânicas de combate e afins…
Gustavo Costa: O World of Warships é um jogo Real Time Strategy (RTS). Eu sempre comparo o game com um jogo de Xadrez onde tudo acontece ao mesmo tempo. Você tem que planejar para onde você vai, com quem você está brigando, e é necessário ter conhecimento do seu inimigo para saber se deve prosseguir ou não.
O World of Warships atualmente possui mais de 400 navios baseados em históricos, os blueprints, onde temos contato com a marinha para tornar os projetos ainda mais reais no game. Óbviamente não é um simulador, então temos que balancear para torná-los jogáveis. Hoje nós temos mais de 11 nações diferentes e cada um possui suas habilidades.
DG: Eu gostei muito quando você mencionou que tenta trazer estes navios reais para o game. Como é que foi a comunicação da empresa com a marinha?
Gustavo Costa: Foi bem tranquila na verdade. Nós apresentamos a nossa empresa para eles. O museu da marinha estava disponível ao público, então organizamos um evento para trazer a comunidade. Durante esse evento, o organizador perguntou quem eram as pessoas que estavam presentes no local.
Depois, voltamos uma segunda vez criando aquela “amizade” com a galera e acabaram disponibilizando uma sala pra fazer apresentações sobre o game. Além disso, o Nexton abriu as portas pra gente fazer uma apresentação em um deck, onde rolou um show com música Country. Isso abre diversas portas e acaba chamando atenção da marinha, apresentando o nosso projeto. É uma informação que não irá custar dinheiro para a equipe e não dá problema algum. Eles até ficam felizes em fornecer a informação!
DG: Em relação ao acesso do jogo, por ele ser gratuito, a equipe pode abranger um público ainda maior. Vocês pensaram em deixar o jogo pago em algum momento?
Gustavo Costa: O jogo sempre foi gratuito desde o início! Acho que hoje em dia o conceito do jogo free-to-play é “quase o normal”, como serviu de exemplo o Ragnarök. Hoje em dia é um tanto quanto estranho cobrar uma mensalidade, fazendo sentido apenas se você inclui diversos itens ou expansões. Atualmente o nosso público é muito grande, podendo encontrar partidas 3 horas da manhã em menos de 2/3 minutos.
O dinheiro é importante mas ter sempre players jogando a qualquer momento o fundamental para manter o jogo, disponibilizando skins, navios e afins para eles. Além disso, para o futuro do game, a equipe está separando o lado econômico das camuflagens do lado visual, então é possível utilizar esse bônus. Isso torna os jogadores diferentes uns dos outros sem precisar gastar.
DG: Existe algum plano para o jogo chegar aos consoles? Como está sendo esse planejamento caso exista?
Gustavo Costa: O World of Warships já existe nos consoles e nos celulares. No console o jogo é chamado World of Warships: Legends e no celular é chamado World of Warships Blitz.
DG: Quais são as diferenças do World of Warships para consoles e o World of Warships para PC?
Gustavo Costa: Eles são parecidos mas possuem algumas diferenças! O World of Warships Legends leva o jogador até o Tier 7 (Sistema de Rankings) enquanto no PC os jogadores poderão chegar até o Tier 10. Agora o jogo possui super navios que são considerados Tier 11.
DG: Você havia mencionado que faz parte do projeto há 2 anos. Quais foram as maiores dificuldades durante esse tempo de pandemia?
Gustavo Costa: A indústria de games está em uma fase muito semelhante a uma montanha russa, aquele famoso sobe e desce, com suas altas e baixas. Desde 2000 a indústria sofre um pouco e é feliz também.
A pandemia começou e o pessoal está em casa sem poder gastar, não pode passear, aí está com um dinheiro extra e acaba gastando no jogo. Para a indústria de jogos acabou sendo maravilhoso, porém voltamos ao normal e isso tudo teve que ser reestruturado. A galera voltou a viajar, trabalhar e fazer eventos, então teve um ajuste diversas vezes.
No fim, para o World of Warships, uma das principais mudanças foi na comunicação com os jogadores, em que assumimos o compromisso de sermos mais transparentes – o que é visível em nosso site, em que um roadmap está disponível explicando todos os conteúdos futuros que chegarão ao game.
DG: Vocês estão focados em conteúdos futuros ou outros projetos estão por vir? Quais são as novidades para o público?
Gustavo Costa: Muitas novidades estão por vir! Muitas linhas de navios, inclusive introduzimos recentemente uma nova nação como a Espanha. Nós estamos sempre tentando manter o jogo atualizado a cada mês e o público adora. Não é muito e não é pouco, parece que encontramos o confortável para a comunidade. Às vezes ficamos muito emocionados e fazemos muitas coisas novas, aí a comunidade quer ter tudo do jogo. Temos que dar uma acalmada no público mas a galera sempre quer todos os novos conteúdos (risos).
DG: Ontem nós jogamos e notamos que o jogo necessita de um certo aprendizado, não basta apenas matar, sendo necessário utilizar algumas estratégias, certo? Você pode explicar um pouquinho mais sobre isso?
Gustavo Costa: O jogo vai ficando mais difícil de acordo com a classe ou tipo de navio que você seleciona – por exemplo, se você estiver jogando no Cruzador, basta atirar e atacar. Caso esteja jogando com os Encouraçados, você possui mais resistência. É aí que você retorna com os Cruzadores, após um longo aprendizado, o jogador começa a ter funções, como posicionamento, consumíveis, dando um desafio maior ao game.
O jogo basicamente te ensina a punição, ou seja, se você estiver no lugar errado na hora errada você vai acabar morrendo (risos). Por último ele te leva ao Porta-Aviões, sendo difícil de controlar, se tornando o mais complexo ainda! Aliás, hoje de manhã eu coloquei o Submarino, sendo mais complexo ainda caso queira jogar (risos)! É bem gostoso e diferente de jogar com o Submarino mas estamos em testes ainda para implementar no game.
DG: Quando joguei pela primeira vez, senti que o jogo sempre foi justo com os jogadores. É uma linha de aprendizado, não é mesmo?
Gustavo Costa: Quanto mais tempo você investe no jogo, melhor você irá ficar! World of Warships é um jogo com muito conteúdo. Temos o Overpay, Overmatch, Ricochete, enfim, tudo isso tem a ver com ângulo, tamanho de calibre, grossura do navio, onde a bala atravessa e depois explode do outro lado.
Existem todos esses cálculos e tempo de detonação do projétil para o jogador compreender. Atualmente nós temos 2 grandes jogadores de times fortes e eles entendem todos esses detalhes. Os profissionais tiveram uma partida contra 3 jogadores e simplesmente detonaram. É um nível de Skill superior, mas se colocamos 2 pessoas com Skills iguais, basicamente os jogadores ficarão no 0x0.
DG: A equipe da Desconto em Games agradece pela sua entrevista e pela oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o game!
Novidades de World of Warships
Mesmo após a entrevista, as novidades de World of Warships não param por aí! O game irá receber novos conteúdos, sendo eles:
- Bandeira de Colecionador do Brasil
- Bandeira da cidade do Rio de Janeiro
O pacote incluirá o novo Encouraçado “Rio de Janeiro” nível V e contará com um sistema de som de buzina exclusivo. A nova camuflagem “Cisne Branco” estará presente para os jogadores.
Além disso, vale ressaltar que entre os dias 7 e 17 de Setembro, os jogadores poderão usufruir de uma cadeia de missões de combate para complementar em sua gameplay. Caso conclua seus respectivos objetivos, os participantes desses objetivos receberão uma bandeira da cidade do Rio de Janeiro e até 4 unidades de uma nova camuflagem descartável em mosaico, conhecida nos calçadões de Copacabana.
- Parte 1: Provocar 200.200 de dano ao longo de qualquer quantidade de partidas;
- Parte 2: Obter 971.822 créditos ao longo de qualquer quantidade de partidas;
- Parte 3: Obter 1822 fitas ao longo de qualquer quantidade de partidas;
- Parte 4: Causar 18.220 de dano de incêndio ou de inundação ao longo de qualquer
- quantidade de partidas.
Durante o anúncio de World of Warships, a empresa promoveu um sorteio durante o BIG Festival 2022 para uma viagem de 2 dias com um acompanhante para o Rio de Janeiro, na qual os vencedores poderão acompanhar a gravação de um filme patrocinado pelo jogo com os criadores de conteúdo “Irmãos Piologo” e visitarão o Navio-Museu Bauru.
A equipe disponibilizou um Press Kit incrível para a Desconto em Games. Confira abaixo: