A mitologia nórdica, com sua riqueza de deuses, monstros e batalhas épicas, conquistou os fãs em God of War (2018) e God of War Ragnarök . No entanto, a Santa Monica Studio desperdiçou um potencial imenso ao limitar essa saga a apenas dois jogos, como a própria desenvolvedora anunciou. Com isso, os jogadores sentiram a falta de vários deuses nórdicos em God of War.
Assim, figuras poderosas e fascinantes da tradição nórdica ficaram de fora, privadas de confrontos titânicos com Kratos ou de papéis cruciais na jornada do Fantasma de Esparta. Imagine só: deuses como Forseti, com sua justiça implacável, ou Njord, mestre das éguas, desafiando o guerreiro espartano em embates de tirar o fôlego.
Outros, como Máni e Sunna, poderiam iluminar ou obscurecer o destino de Kratos com seus dons celestiais. Por isso, mergulhe nesta lista aqui do República DG e descubra incríveis deuses nórdicos que poderiam brilhar em God of War.
Váli, deus da vingança
Váli, deus da mitologia nórdica, vem ao mundo para vingar seu meio-irmão Balder. Hodi, o deus cego, tira a vida de Balder após Loki ludibriá-lo. Dessa forma, Vali nasce da união entre Odin e a princesa (giganta ou deusa) Rinda.
Em certas versões, há quem diga que Loki é seu pai verdadeiro. Representado como um arqueiro habilidoso, ele lança flechas que lembram raios de luz. Mais ainda, Váli personifica a luz do dia, que se fortalece com o encerramento do inverno.

Forseti, deus da justiça
Forseti, cujo nome significa “o anfitrião”, reina como o deus nórdico da justiça, meditação e conhecimento interior. Além disso, ele atua como uma força de paz. Filho de Balder e Nana, Forseti reside no palácio de ouro Glitnir, que brilha com esplendor e significa “brilhante”.
Lá, ele se sentou em sua sala, distribuiu justiça e resolveu disputas entre deuses e homens. Forseti promete que, em cada decisão de seu tribunal, ambas as partes sempre chegam a um acordo. Curiosamente, ele é um dos deuses nórdicos que não apareceram em God of War.
Os frísios o reverenciaram como uma divindade, embora ele também seja reconhecido entre os escandinavos. Assim, Jacob Grimm, em seus estudos sobre a Mitologia Teutônica, destaca que os santuários de Forseti em Heligolândia o tornaria um candidato perfeito para união frísios e escandinavos.
No entanto, Grimm admite com surpresa que Saxão Gramático nunca o menciona. Segundo a lenda, Forseti nunca profere uma mentira e sempre conduz as partes em conflito a um entendimento mútuo ou entrega um julgamento que todos consideram justo. Conhecido também como Foseti, ele mantém uma imparcialidade absoluta, pois acredita que só assim prevalece a verdadeira justiça.

Vidar, deus do silêncio e um dos deuses da vingança
Vidar, um dos filhos de Odin na mitologia nórdica, representa a floresta primordial e as forças imperecíveis da natureza, conforme viam os antigos, que o compartilham um deus calado e enigmático.
Sua mãe, a gigante Gríðr, mantém laços de amizade com os deuses. Dotado de uma força colossal, ele só é superado por Thor e Magni. Vidar vive em Vidi, um majestoso salão situado em Asgard. Ele é um sapato peculiar, confeccionado com os pedaços de couro descartados de todos os sapatos já produzidos
No Ragnarök, Vidar toma a frente para vingar Odin, abatido pelo lobo Fenrir. Com determinação, ele agarra a boca de Fenrir, rasga-o ao meio e o elimina. Para completar, Vidar enfrentou e sobreviveu aos incêndios de Surtur, destacando-se entre os poucos que resistiram ao fim.

Máni, deus da lua
Máni, o poder divino da lua na mitologia nórdica, nasce ao lado de sua irmã gêmea Sol (ou Sunna) enquanto o cosmos toma forma. No início, ambos desconhecem suas funções e poderes. Assim, os deuses recém-formados se juntam e estabelecem as divisões do dia, do ano e das fases lunares, esclarecendo o papel de cada um.
A cada noite, Máni guia sua carruagem pelo céu, conduzida por cavalos ágeis. O mito narra que ele e Sol são alvos constantes dos lobos Hati (“ódio”), que persegue Máni, e Skoll (“zombaria”), que segue Sol. Reza a lenda que, durante o Ragnarök, os lobos os alcançaram. Antigos relatos apontam Máni e Sol como filhos de Mundilfari, cujo nome sugere “aquele que se move de acordo com os tempos particulares”, embora um pouco mais se saiba sobre ele.
A visão de Sol e Máni cruzando o céu em carruagens reflete uma crença antiga, compartilhada por nórdicos e povos germânicos. Provas disso aparecem em esculturas da Idade do Bronze, como o impressionante carro solar de Trundholm. Além disso, os germânicos continentais também reconhecem a divindade solar como feminina, nomeando-a simplesmente “Sol”.

Sunna, deusa do sol
Sunna, conhecida como Sol, reina como a deusa solar da mitologia nórdica. Irmã de Máni, o deus lunar, ela é filha de Mundilfari e Glaur. Diariamente, Sunna guia o sol através do céu, espalhando luz e calor pelo mundo.
Os nórdicos a imaginam como uma bela mulher loira, com olhos alongados e uma coroa de raios solares sobre a cabeça. Descrita como uma deusa forte e gentil, ela surge frequentemente em histórias ajudando os humanos com segurança.
Sunna ocupa um lugar essencial na mitologia nórdica, já que seu ciclo de dia e noite inspirou reverência entre os antigos. Eles a veem como guardiã da terra, sustentando a vida e energizando a natureza. Além disso, ela protege guerreiros e viajantes, oferecendo-lhes segurança em seus caminhos.

Hermódr, deus da velocidade e mensageiro dos deuses
Filho de Odin e Frigga, o guerreiro Hermodr atua como mensageiro dos deuses e guia das almas dos mortos. Diante da necessidade de resgatar Balder, Hermodr decide voluntariar-se. Em seguida, Odin concede-lhe Sleipnir. Ao chegar a Niflheim, Hermodr suplica a Hela a libertação de seu irmão.
Contudo, Hela impõe uma condição: o lamento de todas as criaturas. Imediatamente, todos expressam sua tristeza, exceto Loki, disfarçado de Thok. Consequentemente, Balder permanece no submundo.
Portanto, Hermodr seria um dos principais deuses nórdicos que não apaceram em God of War.

Hodr, deus cego
Hodr, filho cego de Odin e Frigg, desempenha um papel crucial na mitologia nórdica, apesar de suas poucas aparições. Primeiramente, Baldur, seu irmão amado, sonha com sua própria morte. Em seguida, Frigg, desesperada, percorre o mundo e obtém a promessa de que todas as coisas evitarão ferir seu filho, exceto o visco.
Logo depois, Loki descobre essa fraqueza e forja uma lança de visco. Posteriormente, ele leva a lança para Asgard, onde os deuses se divertem lançando objetos em Baldur. Então, Loki entrega a lança a Hodr e o engana para participar da brincadeira.
Consequentemente, Hodr lança a lança em Baldur, matando-o instantaneamente. Enquanto Frigg busca uma forma de persuadir Hel a devolver Baldur, Odin concebe Váli com a gigante Rindr. Imediatamente, Váli cresce e mata Hodr no dia seguinte, cumprindo seu propósito de vingar a morte de Baldur.
Além disso, outra lenda narra a rivalidade entre Baldur e Hodr pelo amor de Nanna. Hodr, então, vai a Hel em busca de uma arma mágica para derrotar Baldur. Contudo, Hodr consegue matar seu irmão, mas Bous o mata em retaliação. Por fim, Baldur e Nanna têm um filho chamado Forseti.

Bragi, deus da poesia
Filho de Odin e Gunnlod, Bragi reina como deus da poesia e da música. Primeiramente, ele demonstra grande sabedoria. Além disso, Bragi usa sua criatividade e conhecimento para compor. Logo, ele inspira os Vikings a chamarem seus poetas de bragamen.
Ademais, Bragi exibe runas em sua língua e usa sua longa barba. Em seguida, Bragi se une a Iðunn em casamento e reside em Asgard. Além disso, Bragi Boddason, um poeta famoso, leva o nome do deus. Finalmente, Bragi permanece como o primeiro poeta skaldico lembrado.

Njord, deus do mar, vento e fogo
Na mitologia nórdica, Njord se apresenta como um homem alto e envelhecido, com cabelos e barbas longas, sempre associados ao mar. Filho de Odin, o deus da sabedoria e da guerra que guia os Aesir, e de Frigga, a deusa-mãe do amor e da fertilidade, Njord comandou a família Vanir enquanto Odin liderou os Aesir. Seu nome, “Nyord”, reflete “sábio, que domina as emoções profundas”.
Com força impressionante, Njord apazigua as águas mais turbulentas, mas escolhe a serenidade em vez do conflito. Por isso, ele reina como deus dos navegantes, dos ventos e da fertilidade, assegurando proteção aos pescadores e caçadores.
Em tributo, os nórdicos erguem templos em florestas e falésias, oferecendo ao deus parcelas de suas caças e pescarias. Njord dá à luz Freyr e Freya, gêmeas da fertilidade e do amor, junto com sua irmã Nerthus. Contudo, os Aesir condenam esse vínculo entre irmãos. Diante disso, Njord se casa com Skadi, a deusa do inverno, das montanhas e da caça.

Gostou da lista? Sentiu falta de mais algum deus nórdico que deveria aparecer em God of War? Conte pra gente nos comentários!