O iFood está prestes a dar o passo mais ambicioso desde sua criação. A empresa planeja investir mais de R$ 20 bilhões em 2026 para se transformar em um banco, ou seja, uma instituição financeira completa. O plano inclui conta remunerada, crédito, investimentos e serviços voltados tanto para restaurantes quanto para consumidores.
Quem explica o movimento é Leandro Siqueira, cofundador da plataforma VAROS e economista formado pela UFRJ, em seu Instagram. Portanto, ele vê essa iniciativa como um projeto que pode transformar o iFood em uma “máquina de imprimir dinheiro”.

Segundo Siqueira, o iFood não quer apenas lançar uma carteira digital, mas atuar como um banco de verdade, em um modelo semelhante ao do Nubank.
Hoje, o iFood já empresta cerca de R$ 160 milhões por mês a restaurantes parceiros. Esse volume deve alcançar R$ 2 bilhões por ano até o fim de 2025. Atualmente, o dinheiro vem do próprio caixa da empresa ou de bancos parceiros, mas isso vai mudar em breve.

Um novo modelo: o banco dos restaurantes
Em 2026, o iFood pretende pedir autorização ao Banco Central para receber depósitos diretos. Assim, os restaurantes poderão manter seu saldo dentro do app e ainda ganhar rendimento sobre ele.
Na prática, o iFood passará a fazer o que os bancos sempre fizeram: usar o dinheiro dos clientes para emprestar a outros. No entanto, a diferença é que o iFood já conhece profundamente seus parceiros.

A plataforma sabe quanto cada restaurante vende, em quais horários, o ticket médio e até quantos pedidos são cancelados.
Com essas informações, o iFood consegue avaliar o risco de crédito com muito mais precisão do que um banco tradicional. Enquanto uma instituição comum pede comprovantes e leva dias para liberar um empréstimo, o iFood pode prever a capacidade de pagamento antes mesmo de o pedido ser feito.
O ecossistema do futuro
Segundo o CEO Diego Barreto, os serviços financeiros do iFood também chegarão aos consumidores. A empresa quer oferecer saldo que rende, cashback e até opções de investimento dentro do próprio app.
A estratégia é clara: manter o dinheiro circulando dentro do ecossistema iFood, transformando o aplicativo em uma plataforma financeira completa.
No fim das contas, o iFood não quer apenas entregar comida. Ele quer entregar o futuro das finanças digitais no Brasil. Portanto, com um investimento bilionário, a empresa pode estar prestes a se tornar o banco mais poderoso que nunca quis parecer um banco.
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