O Homem-Aranha é um dos mais queridos personagens da cultura pop, tendo sido adaptado para diversas mídias com o passar dos anos. Nos games as aparições do teioso também ocorreram em larga escala, com ele tendo protagonizado muitos jogos. Com a franquia Marvel’s Spider-Man, da Insomniac, criou-se uma das melhores adaptações do herói – em minha opinião, a melhor. Mas por que este Peter Parker é uma versão impressionante do herói? Confira a seguir algumas razões, incluindo comparações com os Aranhas live-action que estiveram em evidência nos últimos anos.
Um Homem-Aranha novo, mas nem tanto
O Peter Parker da Insomniac é fiel às HQs: temos um Aranha que começou a combater o crime aos quinze anos e colecionou diversos adversários. Outros elementos estão presentes: Mary Jane, a tia May, o amigão da vizinhança… Tudo está lá. Mas não é como se este universo fosse copiado dos quadrinhos. O game possui todo um frescor novo que inclui um traje mais tecnológico, personagens que são mais recentes ao cânone (como Miles Morales e Yuri Watanabe) e adaptações bem-vindas (Mary Jane tendo um papel mais ativo e o novo design de Rhino, por exemplo). Em suma, é tudo fiel, mas também um pouco novo e isso é simplesmente incrível.
Senso de humor caprichado
Quem nasceu no fim dos anos 90 muito provavelmente tem como referência de Homem-Aranha a versão de Tobey Maguire. É verdade que este Aranha é considerado um dos maiores personagens do cinema de super-heróis, sendo o precursor de muitos outros longas do gênero. Entretanto, uma característica que não foi bem adaptada é o senso de humor característico do Homem-Aranha nas HQs. Lá, a todo momento, o cabeça de teia faz troça de seus inimigos levando-os ao limite da irritação com trocadilhos ágeis, respostas atravessadas ou simples insultos. É verdade que o Homem-Aranha de Tobey Maguire faz algumas anedotas aqui e acolá, mas é visível que há uma diferença entre o senso de humor que ele possui e o que o personagem original tem.
O Homem-Aranha da Insomniac, por outro lado, mantém o espírito engraçado que consagrou o herói nos quadrinhos. Seu senso de humor é desinibido e irreverente, sempre presente tanto com aliados quanto com inimigos. Os vilões, que já conhecem Peter há anos, demonstram estar fartos disso e tentam a todo momento calar o herói. As piadas nas batalhas e cenas do jogo tornam tudo mais agradável para o jogador e são uma marca registrada desta versão do herói.
Um roteiro que dê suporte ao personagem
Andrew Garfield é uma ótima versão do herói da Marvel, em parte por conta de ter um traje incrível, atuar bem como Peter Parker e possuir todo um senso de humor característico do aracnídeo. Mas faltou a Garfield um roteiro que pudesse aproveitar ao máximo seu potencial. É de se lembrar, por exemplo, que seus filmes perderam tempo explorando uma trama bizarra que envolvia os pais de Peter, além de excluir cenas cruciais para que o espectador entendesse melhor o enredo e simpatizasse com os personagens.
Em Marvel’s Spider-Man o roteiro é muito bem estruturado, com todos os personagens possuindo motivações críveis e desejos palpáveis. O enredo é ótimo e apresenta uma trama consistente e sólida capaz de tornar a gameplay dinâmica e realmente interessar o jogador. O roteiro acaba se tornando um grande elemento de suporte para Peter e engrandece o seu Homem-Aranha.
Independência, responsabilidade e sofrimento
Tom Holland é um bom Homem-Aranha, sendo o atual intérprete do personagem. Mas sua trajetória como Peter Parker também passou por críticas. A primeira delas teve a ver com a independência, com os trajes menos amadores do herói tendo sido desenvolvidos por Tony Stark (Robert Downey Jr). Além disso, Stark figurava sempre como um personagem central nas histórias do Peter de Holland e isso não mudou após sua morte em Vingadores: Ultimato. A relação de mentor e aprendiz, para alguns, foi exagerada. Já no Peter Parker da Insomniac temos esta relação com o Doutor Octavius, mas sempre de maneira bem dosada e construída para um embate satisfatório. A relação entre herói e vilão é bem feita e faz o jogador se sentir genuinamente triste pelo seu trágico destino.
Outro aspecto criticado no Peter de Holland é a responsabilidade, que ele particularmente parece ter deixado um pouco de lado em Homem-Aranha: Longe de Casa ao preferir aproveitar a Europa e a vida civil a realizar tarefas como herói. Em Marvel’s Spider-Man temos uma visão oposta a isso, na qual Peter está sempre disposto a resolver problemas que necessitem do Homem-Aranha não importa o preço. Mesmo quando ele se afasta de Nova York, como quando viaja para Symkaria com MJ, ele se mantém alerta e instrui Miles.
Um último ponto questionado em relação ao Peter de Tom Holland é o fato de ele “não ter sofrido”, característica que sempre acompanha o Homem-Aranha nas HQs e que faz parte do sentimento de identificação do leitor para com o personagem. O Peter Parker do MCU não possui uma vida realmente problemática, o que muda no terceiro filme — especialmente em seu final. O Homem-Aranha da Insomniac tem problemas a todo instante, sendo até mesmo despejado de seu apartamento em uma ocasião e possuindo questões não resolvidas no emprego e no relacionamento com Mary Jane. Vale lembrar que ambas as versões do personagem perdem a sua Tia May, um momento muito delicado, mas para o Peter da Insomniac isto acontece logo em sua primeira aparição.
E você? Concorda que o Homem-Aranha da Insomniac é a melhor adaptação do herói?
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