Sempre fui um grande fã da franquia Monster Hunter, desde seu início junto com o PS2 venho jogando e acompanhando sua evolução no decorrer dos jogos. Fiquei bastante animado com o anuncio de um novo jogo da franquia para a atual geração, e mais animado ainda quando anunciaram uma beta aberta para todos poderem testar o game. Wilds marca o momento em que pela primeira vez, a franquia chega com dublagem em português.
Em relação a essa beta aberta, a Capcom resolveu liberar a mesma inicialmente para os jogadores de PS5 que possuem a PS Plus, o meu caso, e hoje, 01/11, está disponível para PC, Series S|X e quem não tem PS Plus. Uma grata surpresa é de que possui crossplay, possibilitando que todos os jogadores, em diferentes plataformas, joguem entre si.
Criação de personagens
Ao iniciar a beta, me deparei com o criador de personagens mais bem detalhado da franquia (prevejo jogadores tentando criar personagens icônicos de outros jogos e filmes aqui). Detalhe que o personagem criado poderá ser utilizado no jogo final, então é uma boa opção para quem quiser já antecipar as etapas.
Acessibilidade
Após criar o personagem, encontrei muitas opções referentes a acessibilidade no geral, as quais incluem opções para daltônicos, para quem tem cinetose, e até mesmo para quem tem aracnofobia (sim, já foi confirmados em trailers anteriores que o jogo terá monstros semelhantes a aranhas). Gostei bastante do trabalho que a Capcom fez aqui, e isso prova que a mesma se preocupa em garantir a melhor experiência para os jogadores.
Conteúdo
Começamos o prólogo com uma cinemática indicando o rumo da história do game, que parece ser melhor trabalhada que os jogos anteriores (Monster Hunter World e Rise já tiveram um foco maior nesse quesito comparado com os jogos mais antigos), e de maneira muito bem trabalhada, a transição da cinemática para o gameplay é bastante natural, sem loading nenhum, o esperado para um jogo da atual geração.
Essa beta é composta por 3 partes: a criação do personagem, o prólogo do jogo, e um dos mapas abertos para explorarmos, sozinhos ou com amigos no modo multiplayer, e enfrentarmos alguns monstros. Essa última parte é onde todo o brilho dela está concentrada. A Capcom sempre inova em cada jogo da franquia e Monster Hunter Wilds não poderia ficar de fora.
O cenário, pelo menos nesse mapa aberto da beta, é espetacular, cheio de detalhes e locais com vida, fauna e flora bem trabalhados, mudanças climáticas que alteram o local e comportamento dos monstros. Por exemplo: podemos ver claramente que todos ficam amedrontados quando começam a cair raios no chão e caso tenha alguma vegetação no local, começa a pegar fogo.
Gameplay
Bastante intuitiva, essa beta nos contempla com diversos tutoriais para auxiliar os mais novos na franquia. A movimentação do caçador e dos monstros está muito mais trabalhada, mais suave, deixando a experiencia muito mais gratificante. A exploração do mapa está muito mais satisfatória devido a nova montaria que já está disponível desde o início do jogo, o Seikret.
Existem novas mecânicas, como o Foco, onde apertamos L2, e a câmera automaticamente foca nos locais onde o monstro está machucado, para auxiliar a aumentar o dano causado na criatura, e até mesmo, em algumas situações, utilizar de um ataque especial bem forte apertando R1. Outra adição excelente é a possibilidade de escolhermos começar uma missão de qualquer lugar do mapa, devido a nossa assistente nos seguir durante todo o jogo.
Dentre os monstros existentes nesta beta, existem 4 grandes inimigos: Balahara, Doshaguma, Chatacabra e o grande Dragão Ray Dau. Inédito na franquia, Rey Dau é o maior inimigo desta beta, pois além de ser extremamente forte, é capaz de alterar o ambiente, trazendo tempestades e raios que amedrontam todos no local. A aparição de um monstro desse tipo em uma beta me deixa bastante animado para conhecer os outros monstros do jogo final.
Problemas
Agora, nem tudo são flores. Essa beta possui 2 modos gráficos: o modo resolução, que tem foco em uma melhor qualidade de imagem, porém travado a 30 FPS, e o modo desempenho, que busca maior fluidez no jogo sacrificando um pouco da resolução. O FPS não é muito fixo, principalmente quando tem muitos jogadores e muitos efeitos na tela. Quem possui televisores com a tecnologia de 120 Hz poderá usufruir o modo resolução com um pouco mais de fluidez.
Visualmente, é entregue um modo desempenho com um visual um pouco abaixo do esperado, deixando clara a necessidade de um pouco mais de polimento. Vale mencionar que, por ser uma beta, ela não necessariamente representa o estado final do jogo, mas infelizmente, a primeira impressão do modo desempenho não foi positiva.
O que achei da beta?
No geral, a experiência é bem satisfatória, entrega uma jogatina bastante divertida, nada monótona. Possui sim alguns problemas que podem ser corrigidos na versão final, mas no geral garante que mais jogadores se interessem pela franquia. Eu pessoalmente estou contando os dias para colocar as mãos no jogo completo.