Posso falar que minha conexão com Salt and Sacrifice começou no dia 19 de Fevereiro de 2018. Foi nesta data que realizei uma das entrevistas mais importantes pra mim ao longo desses anos que cubro games. Na ocasião, conversei com James Silva, diretor de Salt and Sanctuary. Curiosamente, a última pergunta da entrevista foi sobre qual seria o próximo projeto da equipe. James não podia me revelar no momento, mas, felizmente, o projeto era uma sequência da agora franquia “Salt and”.
Agora, 4 anos após a entrevista, recebi o convite para testar o novo jogo em primeira mão e escrever um review. Apesar de minha clara relação emocional com o título, a build que testei tinha pontos positivos e negativos. Antes de continuarmos, vale deixar claro: o acesso foi restrito à uma build antiga e limitada. Em suma, se trata de uma beta! Diferente dos nossos previews habituais, irei adotar um modelo mais objetivo pra esse, focado nos pontos positivos e negativos.
Os pontos positivos da beta de Salt and Sacrifice:
1) Multiplayer: Como eu mencionei na entrevista, a franquia surgiu como uma espécie de carta de amor para franquias como Castlevania e Dark Souls. Neste novo jogo, o multiplayer funciona de uma maneira bem similar a franquia da FromSoftware. É possível realizar invasões, temos a presença de diversos “clãs” e agora dá pra concluir a campanha completamente em co-op. Se aventurar pelo mundo do jogo com um amigo indiscutivelmente traz um charme e um valor muito maior para o jogo.
2) Jogabilidade: O primeiro jogo já entregava um gameplay primoroso e viciante, mas, de alguma forma, os devs conseguiram aprimorar ainda mais os sistemas de combate. Temos uma variedade ainda maior de builds e uma árvore de talentos gigantesca que possibilita personalizar ao máximo a experiência. Se você gosta de experimentar diversas armas e formas de se jogar, pode sorrir! Salt and Sacrifice vai te atender bastante nisso.
3) Parte Técnica: Eu testei a versão de PS5 e, na minha opinião, é sem dúvidas a versão definitiva para aproveitar o game. Não temos quedas de frames, os visuais e a trilha estão impecáveis e o principal: o loading mal existe. Em um jogo onde as mortes são extremamente frequentes, praticamente não existir tempo de carregamento é um ponto positivo extremamente forte.
4) Sistemas Intuitivos: O jogo não te explica quase nada. O problema é que, por ser uma beta, a ausência dessas explicações pode ser devido a isso. Caso não seja, fiquei feliz em ver que os muitos sistemas presentes no título são bem intuitivos e de fácil uso. Logo, até os jogadores mais casuais não devem ficar empacados por muito tempo com eles.
Pontos neutros:
1) História: Por se tratar de uma beta, ainda não posso julgar com precisão o componente narrativo do jogo. A jornada é bem curtinha e rasa, logo, o jeito é esperar pelo lançamento final. Contudo, se eu tivesse que avaliar pela pequena parte que tive contato, o que eu vi não me agradou tanto quanto eu imaginava. No jogo, somos criminosos que acabaram se tornando Caçadores de Magos como sentença. Como mencionei acima, não sei se a história vai ser desenvolvida além disso, contudo, a impressão que ficou é a de que não. Ou seja, o enredo gira em torno de assassinar magos. Apesar da construção de mundo ajudar a suavizar isso, espero que a história principal tenha um pouco mais de charme.
Pontos negativos:
1) Ausência de um mapa: Senti muito a falta de um mapa durante meu tempo com a beta. Apesar dos cenários serem relativamente curtos e acessados via um HUB, colocar um mapa pra ajudar na navegação não afetaria negativamente a experiência, muito pelo contrário. Espero que a equipe reveja isso antes do lançamento.
2) Ausência de legendas: Esse problema é menor por ser uma beta. Os textos estavam em inglês. Tudo indica que no lançamento teremos a localização completa dos textos para o nosso idioma. Contudo, como a beta vai ser o primeiro contato de muita gente com a franquia, penso que seria ideal já ter essa tradução aplicada. A falta dela pode afastar muitos jogadores que não possuem conhecimento em Inglês.
3) Muitos sistemas sem explicação: Como mencionei mais acima, Salt and Sacrifice tem uma quantidade absurda de sistemas distintos. Apesar deles serem intuitivos, o jogo praticamente esfrega eles em nossa face sem grandes explicações. Esse excesso de informações acaba assustando no início e só após algumas horas a navegação e o entendimento deles começa a surgir. Mudar de nível aqui gera efeitos diferentes, o sistema de talentos é gigantesco, assim como os de crafting e por aí vai.
No geral, senti que o estúdio está em um bom caminho e o jogo vai ser praticamente obrigatório para todos aqueles que gostaram do antecessor. Salt and Sacrifice será lançado no dia 10 de Maio no PS4, PS5 e PC.
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Eu estou com tanto Hype para esse jogo que meu Deus, eu platinei o Salt and Sanctuary e estou muito ansioso para essa continuação, só tenho raiva que a Epic está pagando todos os jogos possíveis e o Launcher da Epic é horrível.