Rainbow Six Extraction foi lançado há pouco tempo para a grande maioria dos consoles e para o computador. O novo título da Ubisoft, já anunciado há um bom tempo, segue a linha do título anterior da série, mas agora com uma roupagem de confrontos contra aliens.
Ao passo que novas informações do jogo foram sendo reveladas, o público começou a achar que o jogo tinha uma certa cara de DLC, seja pelos gráficos ou mesmo pela estrutura de gameplay. Eu pude testá-lo na última semana, e afirmo que eles estão em parte certo, mas 100%.
Confira nosso review:
Rainbow Six Extraction: um jogo tenso e tático
Para quem está acostumado com outros FPS, principalmente os frenéticos Call fo Duty e Doom, Extraction causa o mesmo choque que Siege fez em seu lançamento: um ritmo bem diferente que, em vez de cada jogador querer acumular o máximo de mortes possível, eles tem que trabalhar de forma coordenada para saber como invadir e avançar em cada mapa.
Para isso, os jogadores utilizam drones e várias outras ferramentas para analisar cada ambiente, e assim descobrir quantos inimigos estão presentes e suas posições. Além disso, é importante pensar na vida de cada um dos personagens e tentar gastar a menor quantidade de munição e outros recursos em cada desafio.
Isso faz com que o jogo passe uma sensação tática bem satisfatória, que em conversa com amigos que jogaram comigo apelidamos de “puzzle de tiro” cada mapa e cada sala nele são compostos por diferentes desafios que, embora possma ser resolvidos de diferentes formas, tem uma forma otimizada.
Porém, é de suma importância frisar que tudo isso comentado acima é exatamente a mesma jogabilidade de Rainbow Six: Siege. Até mesmo os personagens, conhecidos como operadores, tem as mesmas classes e habilidades, com a diferença sendo principalmente na ambientação do jogo.
A principal mecânica de Rainbow Six Extraction
Mas a principal novidade do jogo é a que dá seu subtítulo: a mecânica de extração. Todo o começo de partida os pontos de início, extração e o posicionamento dos inimigos são definidos de forma aleatória, tornando cada jogabilidade diferente.
Ao concluir a missão do mapa (ou até mesmo falhar nela), os jogadores podem ir até o ponto de extração e solicitar essa ação, o que pode tanto encerrar a partida como levá-los para a próxima rodada — mas com a vida e os recursos idênticos aos que estavam quando solicitaram o feito.
Isso transforma cada finalização de partida em uma situação em que os jogadores devem ponderar se a extração vale a pena. Ter uma performance ruim em uma rodada pode tornar pouco favorável o avanço, mesmo que recompensas sejam maiores. Isso traz um interessante baanço entre oportunidade e risco ao título.
Se operadores tem seus pontos de vida zerados durante a partida, o risco fica ainda maior, já quem em próxima missão eles não estarão jogáveis até serem resgatados – e, dependendo da decisão da equipe, talvez não valha a pena gastar recursos nessa tarefa.
Semelhanças com DLCs
Dito tudo isso, chegamos na grande questão: o quão diferente de Siege é o Rainbow Six Extraction? A resposta é que é pouquíssimo.
Os novos inimigos e seus diferentes tipos, novas armas e a criação de mapas aleatórios ajudam sim o jogo, mas a todo momento não deixa de matar a impressão que o título poderia ter sido lançado como um novo modo para Siege.
A mecânica de lidar com o ninho dos aliens, que pode levar a uma enxurrada de inimigos dos mais variados tipos avançando na sua posição traz uma tensão inexistente em siege, mas não o suficiente para classificar como um título completamente novo.
Conclusão
Rainbow Six Extraction é uma DLC glorificada. Muito me divertiu, mas pouco fez para jusitifcar a compra do título pelos R$ 150 que estão cobrando. Ao mesmo tempo, para os assinantes do Game Pass, o jogo se torna algo bem mais agradável, já que está disponível desde o lançamento no serviço.
Para os jogadores que amam Siege e estão aguardando uma sequência real, ele provavelmente vai divertir nesse tempo. Agora, para quem quer chegar agora na série, talvez ainda seja melhor optar pelo título anterior.
De qualquer forma, Extraction é uma experiência legal. Talvez só um pouco difícil de ser justificada como um título standalone.
PS: Este review foi feito com uma chave de PS5 cedido pela assessoria da Ubisoft.