Dark Quest 4 chega como a evolução natural da série criada pela Brain Seal Entertainment. O jogo mantém o DNA inspirado no lendário tabuleiro HeroQuest, com exploração de masmorras, perigos ocultos e confronto direto contra a magia sombria.
A proposta é simples e conhecida: liderar um grupo de heróis para impedir que o feiticeiro das trevas e seu servo Gulak continuem espalhando terror pelo reino.
A história se desenvolve em quadros e textos, como um livro de fantasia contando as aventuras do seu grupo, tanto na introdução quanto entre missões. É um estilo simples, mas que funciona para quem gosta de acompanhar a narrativa sem pressa. Vale ressaltar que o game tem localização PT-BR.

A história não tenta reinventar nada, mas cumpre seu papel ao colocar o jogador em uma jornada direta e com personalidade o suficiente para sustentar a campanha. Portanto, fica comigo nesta review de Dark Quest 4 e saiba se ele vale seu tempo e investimento.

Estratégia por turnos que abraça o clássico
A campanha oferece 30 missões repletas de combates táticos. Cada movimento no tabuleiro pode significar um acerto certeiro ou cair numa armadilha. A variedade de inimigos, são mais de 40 tipos, ajuda a manter o ritmo interessante, principalmente quando a dificuldade sobe nas missões mais avançadas.

Tudo gira em torno de decisões rápidas: atacar, usar magia, recuar, posicionar e repetir. Não é um sistema profundo quanto jogos maiores do gênero, mas entrega a fantasia de um RPG de mesa digital, acessível e direto ao ponto.
Mesmo com mapas visualmente lineares, há atalhos curtos e portões que levam a pequenas recompensas: moedas extras para o seu bolso, salas secundárias e oportunidades para melhorar seus heróis no acampamento antes da próxima incursão. Portanto, tudo acontece na mesma tela, sem transições, quase como explorar um tabuleiro físico.

A câmera não permite rotação, apenas aproximar e afastar a visão dos personagens. Em combates com muitos inimigos próximos, a leitura dos espaços pode ficar confusa, com heróis parcialmente escondidos. Apesar disso, a experiência continua fluida e fácil de entender após alguns minutos de adaptação.
Dificuldade ajustada
A dificuldade pode ser ajustada a qualquer momento com o Ancião, o NPC que também libera as missões. Você escolhe se quer apenas curtir a campanha e passar pelos encontros sem risco de derrota ou aumentar o desafio, fortalecendo os inimigos e limitando o poder da sua equipe.

Heróis com funções claras no tabuleiro
O elenco inicial oferece 08 guerreiros jogáveis, com funções claras e diferenças reais no tabuleiro. Eles representam apenas o começo: durante a campanha, é possível desbloquear novos heróis, como prisioneiros que você resgata e passam a integrar a sua lista de personagens disponíveis.

Cada classe traz vantagens e fraquezas bem definidas, incentivando a montagem de um grupo conforme o desafio da vez. Ainda assim, algumas builds acabam se sobressaindo demais em relação às outras no fim da campanha:
- Arnok, o Bárbaro – forte no combate corpo a corpo, mas sofre contra magia.
- Caldrius, o Mago de Fogo – poder mágico alto e defesa baixíssima.
- Ishann, o Mago – semelhante a Caldrius, mas com estilo e magias diferentes.
- Borin, o Anão – excelente defesa, boa força e ótimo contra armadilhas, porém lento.
- Malkra, o Lanceiro – dano físico sólido, fraco contra feitiços.
- Bartram, o Cavaleiro – tanque poderoso, porém quase sempre cai para armadilhas e magia.
- Bartola, a Selvagem – versátil e de atributos equilibrados.
- Eldry, o Arqueiro – grande movimentação, ataque à distância preciso, defesa baixa.

Essa diversidade incentiva combinações e adaptações a cada dungeon. Ainda assim, algumas builds se tornam previsíveis demais com o tempo, reduzindo a experimentação no fim da campanha.
O acampamento dá o ritmo da progressão
Entre as missões, o jogador administra o avanço do grupo em diferentes áreas do acampamento:

- Torik, o Treinador – evolução direta dos heróis.
- Vanoor, o Mercador – habilidades permanentes e melhorias especiais.
- Moltar, o Ferreiro – armas e escudos para reforçar a defesa física.
- Morga, a Alquimista – poções e itens de suporte.
- O Ancião – o responsável por liberar novas missões.

O sistema de cartas que expande poderes e habilidades funciona bem, embora, às vezes, pareça mais limitar do que aprofundar a estratégia.
Coop divertido e modo criador valioso
Dark Quest 4 se destaca quando jogado no cooperativo, online ou local para até três jogadores. Combinar habilidades para limpar salas cheias de inimigos traz um ritmo que solo não consegue alcançar.

O Modo Criador é outro acerto: permite construir e compartilhar suas próprias dungeons. A comunidade tende a estender a vida útil do jogo, algo essencial em um título de escopo enxuto.
Considerações finais
Finalizo minha review de Dark Quest 4 enfatizando que ele respeita suas raízes e mantém viva a vibe dos RPGs de tabuleiro digitais. É acessível e honesto no que entrega. Porém, quem busca algo mais ousado ou complexo pode sentir que o jogo não arrisca o suficiente e repete demais o estilo dos anteriores.
Ainda assim, para jogadores que adoram combates por turnos e querem explorar masmorras cheias de perigos, o novo Dark Quest oferece horas de estratégia simples e satisfatória, especialmente em grupo.
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Dark Quest IV entrega uma aventura tática simples e honesta, mas que não vai muito além do básico. O charme de jogo de tabuleiro continua lá, as várias opções de personagens são interessantes, porém os visuais limitados e um péssimo balanceamento entre os heróis deixam a experiência menos empolgante do que poderia ser. É o tipo de game que diverte pelo combate estratégico e pelo cooperativo, mas sem grandes momentos ou surpresas.
Nostálgico
- Um tabuleiro vivo
- Coop divertido
- Boa gama de heróis
- Missões rápidas e sem enrolação
Nem tudo o que reluz é ouro
- A visão do tabuleiro fica confusa, muitas vezes
- Balanceamento dos heróis é bem irregular
- Visuais poderiam ser melhores
- Se não gosta de ler, nem tente
- Visuais
- História
- Jogabilidade
- Efeitos sonoros
- Desempenho
