Após inúmeros problemas em sua produção, Dying Light 2: Stay Human chegou 7 anos depois de seu anúncio oficial. Produzido pela Techland, o game já está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC. Será que em meio a tantos lançamentos, Dying Light 2 irá se destacar? É isso que vamos conferir agora! Puxa a cadeira que a review já vai começar.
Um agradecimento mais do que especial para a Techland por ter fornecido a Key do jogo de forma gratuita e antecipada.
Pode ficar tranquilo(a), esta Review é totalmente livre de Spoilers!
O que é Dying Light 2: Stay Human
Dying Light 2: Stay Human é um jogo de ação e sobrevivência em mundo aberto pós-apocalíptico que se passa 15 anos após os acontecimentos de seu antecessor. Na trama, controlamos Aiden Caldwell, um Peregrino que parte em uma busca incessante por sua irmã Mia que está desaparecida desde quando eram jovens. Durante a jornada arriscada do nosso protagonista, conhecemos um pouco sobre Villedor, a cidade no qual está dividida em 2 facções, sendo elas:
- Os Sobreviventes – pessoas que estão tentando levar uma vida comum apesar de todas as circunstâncias do mundo afora
- Os Pacificadores – grupo formado por ex-militares que tentam sobreviver a todo custo através de ordens e disciplina
A terceira facção do jogo são os Renegados, porém, não podemos jogar com eles, já que são antagonistas e fazem parte da trama de Aiden.
Conforme avançamos, acabamos nos envolvendo nos problemas das facções e lutando para seguir os ideais da qual você se identificar mais. Somos livres para optar por qual caminho seguir e isso é muito legal já que não existe um caminho certo ou errado, apenas aquele que você considera justo e correto para o progresso e desenvolvimento da história.
Apesar da premissa simples, o jogo te deixa curioso do começo ao fim com pequenos flashbacks que apresentam o passado dos irmãos que foram usados de cobaia para um experimento, porém, isso é explicado ao longo da jornada do personagem. Pode parecer um tanto quanto lento no início mas a história vai se aprofundando e fazendo com que você não pare mais de jogar!
Diferente do título anterior, todos os cidadãos estão contaminados mas utilizam recursos capazes de retardar essa transformação em zumbi. Toda vez que o jogador andar pela cidade no escuro ou em lugares com pouca iluminção, automaticamente sua imunidade será reduzida, podendo se transformar em um dos mortos-vivos. Corra para a luz ou iluminações de raio UV para evitar uma tragédia maior!
O combate ficou ainda melhor
Se você pensava que o combate do primeiro título já era bom, agora ficou ainda melhor! Não tenho palavras pra descrever o quão fluído as lutas ficaram. Novos combos foram adicionados, assim como golpes que não eram possíveis de serem realizados devido as limitações da época. O jogo te contempla com um tutorial sobre as novas técnicas de luta para você derrotar seus adversários de forma eficaz, além da esquiva que será uma mecânica essencial para vencer inimigos gigantes, tais como zumbis e humanos. Sim, os humanos são poderosos e podem causar muitas dores de cabeça se não dominar todas as técnicas.
O que torna ainda mais divertido e interessante os combates são os desmembramentos e sangue jorrando por todo canto do mapa, dando assim a sensação de uma luta real e ainda mais frenética.
O Parkour de um jeito que você nunca viu
No começo achei um tanto quanto estranho a movimentação de Aiden relacionada ao Parkour. Saltos extremamente altos, movimentação mais “travada” e corrida um pouco lenta fizeram com que me incomodasse por uma boa parte do game, mas é aí que tudo faz sentido! Os prédios e casas de Dying Light 2 são mais “afastadas”, fazendo com que se pareça tudo muito distante, porém, isso é algo que acabamos nos acostumando e nos divertindo muito. O Parkour se tornou muito realista, chegando próximo ao esporte que conhecemos nos dias atuais. É tão prazeroso pular de prédio em prédio que muitas vezes acabamos esquecendo nossos principais objetivos. Confira abaixo uma demonstração do Parkour no game:
Habilidades
O jogo conta com um sistema vasto de habilidades que são divididas em 2 categorias, sendo elas:
- Combate – habilidades de luta para derrotar e esquivar de seus inimigos com facilidade
- Parkour – habilidades para facilitar a locomoção e desenvolvimento do personagem, seja pular de um prédio para o outro ou movimentar mais rápido em um beiral
Cada técnica exije 1 ponto de habilidade que pode ser adquirido lutando contra inimigos humanos ou zumbis e através da locomoção e exploração com saltos e corridas em cima de prédios.
O jogo também possui o sistema de aprimoramento, onde podemos aumentar a barra de vida do personagem ou o vigor para escalar e lutar por mais tempo.
A noite é um período obrigatório!
Diferente do título anterior, andar a noite é essencial e divertido! Muitas missões só podem ser concluídas no período noturno, fazendo com que o jogador se sinta na obrigação de explorar cada ambiente para encontrar itens valiosos e que podem fazer a diferença em seu arsenal.
Novos inimigos aparecem somente a noite, mas não pense que será uma tarefa fácil, pois os zumbis são agressivos e sempre alertam os outros, causando uma perseguição devastadora. Sério, não queira descobrir o que vai acontecer caso os inimigos sejam alertados.
Inimigos também podem atrapalhar sua exploração noturna jogando um tipo de ácido, que faz com que o jogador escorregue e acabe morrendo.
Escolhas que causam impacto
Muitas escolhas em Dying Light 2: Stay Human causam um impacto positivo ou negativo no futuro do game. Em diversos momentos temos um pouco de dificuldade ao fazer escolhas, pois cada personagem faz com que o jogador se envolva emocionalmente e sinta dúvidas sobre seu caráter. Tente agir pelo racional e não pelo emocional que eu tenho certeza que você fará as melhores escolhas!
As decisões impactantes foram uma das mecânicas mais divertidas e inovadoras em Dying Light 2. Aquela sensação de dúvida em determinado personagem traz à tona todas as escolhas feitas no passado e faz o jogador pensar que tudo poderia ser diferente.
Missões secundárias que não acrescentam em nada
Muitas missões secundárias do jogo podem ser extremamente enjoativas e desnecessárias. Quando joguei pela primeira vez notei um mapa vasto e rico em detalhes, porém, com missões que não agregam em absolutamente nada para a história. Eu entendo perfeitamente que muitas delas apenas foram encaixadas para fornecer itens e armas para os jogadores mas são irrelevantes e completamente esquecíveis. Um exemplo disso é a missão da garotinha que pede ajuda para recuperar sua “caixinha de música” que está no corpo de um dos monstros. Não faz o menor sentido e acaba se tornando irrelevante para o avanço das missões primárias que realmente possuem um contexto.
Sinto que as missões foram colocadas no game apenas para expandir o tempo de gameplay e aparentar ser um jogo gigante como Assassin’s Creed.
Bugs constantes
Chegou o momento que mais me incomodou durante todo o jogo e desta vez se trata sobre a infinidade de bugs encontradas em Dying Light 2. Bom, devo começar pelos bugs de progressão que aconteciam em TODAS AS MISSÕES, (isso é sério) do começo ao fim do game, seja ela uma missão principal ou secundária. Confira o vídeo abaixo sobre o bug de progressão:
Em todas as missões o mesmo erro persistiu e eu cheguei a pensar que meu jogo havia corrompido. Desinstalei e refiz todo o processo e os bugs ainda continuavam, cada vez piores.
Este não é o único bug do game, podendo ver até zumbis flutuando no mapa, o que se torna bizarro e cômico. Infelizmente Dying Light não foi uma experiência gratificante por conta deste bug que me perseguiu durante o jogo inteiro.
Gráficos
Longe de serem feios, os gráficos de Dying Light 2 não podem ser considerados de nova geração até porquê o projeto foi iniciado nos consoles de antiga geração e diversas limitações podem ser encontradas. O jogo possui 3 modos gráficos, sendo eles:
- Desempenho – fornece melhor desempenho atingindo uma taxa de quadros de 60FPS
- Qualidade – habilita o Ray Tracing mas limita a taxa de quadros para 30FPS
- Resolução – habilita o 4K nativo mas limita a taxa de quadros
Durante todo o jogo optei pelo Modo Desempenho, onde não sofri nenhuma queda brusca de quadros.
Trilha Sonora
Como já era de se esperar, a trilha sonora de Dying Light 2 é impecável, tanto nos combates como nos menus de interação com o personagem. Você também pode notar as sirenes de alerta quando a noite se aproxima, que além de assustador, coloca o jogador na pele de Aiden. Arrisco a dizer que a trilha de Dying Light 2 superou a do primeiro game que já era ótima!
Jogo totalmente em Português do Brasil
Se tem uma coisa que eu prezo pelos jogos de hoje em dia, são as legendas e dublagens em Português do Brasil! Podemos notar o trabalho de dublagem incrível dos personagens que ganharam vida e trouxeram mais emoção através dos diálogos, tornando mais emocionante alguns acontecimentos da história.
Review em vídeo
Nossa Review em vídeo já está disponível no YouTube, onde você pode conferir mais detalhes!
Vale MUITO a pena comprar Dying Light 2: Stay Human!
Apesar de todos os bugs do game, Dying Light 2 possui uma narrativa intrigante que prende o jogador do começo ao fim, além das melhorias de combate que evoluíram com o passar do tempo. O jogo pode demorar para engrenar mas com o tempo, você não irá parar de jogar. Entretanto, essa é uma escolha difícil pois os bugs são relativos e podem não acontecer com todos. No geral, Dying Light 2 exagera na quantidade de missões secundárias desnecessárias mas não deixa de ser um jogo divertido e criativo. A Techland merece um grande destaque por todo o suporte que será fornecido ao longo dos anos.
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