Desenvolvido pela Double Dagger Studio, Little Kitty, Big City é mais um “jogo de gato”. Diferente de títulos como Stray, que brincam com o fantasioso e um universo alternativo, Little Kitty, Big City é pautado no realismo e ele busca transmitir a sensação real de controlar um gatinho no mundo aberto.
Surpreendentemente, o jogo apresenta um núcleo narrativo. Nosso objetivo é guiar o gatinho que serve como protagonista de volta pra casa. O problema? O local fica alto demais e ele vai precisar aumentar seu vigor de escalada.

Com isso, nossa “missão principal” começa, colocando o gatinho em uma metrópole em busca de 4 peixes que ajudam a extender o seu vigor. Ao longo dessa jornada vamos encontrando vários personagens, todos animais, que concedem lições valiosas para o gatinho.
O 100% leva entre 3 a 4 horas, logo, você já sabe, é um indie ideal para ser consumido entre AAAs de destaque.
Um felino engenhoso
Como mencionei acima, o jogo consiste numa espécie de “simulador” de gatinho. Podemos miar, correr, pular, se esgueirar por buracos, escalar…
Na medida que exploramos a cidade, nos deparamos com outros animais que passam tarefas pro gatuno e, claro, concedem recompensas na forma de chapéus temáticos.
Apesar da cidade não ser gigantesca, o game conta com um sistema de teletransporte cômico que ajuda demais a navegar entre os diferentes distritos do mapa. As tarefas secundárias consistem em realizar coisas como golpear ninhos de pássaros, guiar bolas de futebol até o golzinho, perseguir e agarrar pássaros e por aí vai.

Fiquei genuinamente surpreso com o quão intuitivo os controles e as missões são e isso é um ponto fortíssimo. Jogadores de todas as idades podem aproveitar o game, o que é um baita ponto forte.
As missões secundárias são simples, mas engenhosas e com um design impecável. Quase sempre os objetivos estão próximos dos NPCs que dão à missão, o que torna o processo bem divertido.
Parte Técnica
Como o nome do jogo indica, temos dois protagonistas – o gatinho e a cidade. Ela pulsa vida, com canteiros de obra, humanos indo e vindo, animais e lojas.
Um ponto negativo é a mecânica de pulo do protagonista. Precisamos segurar o botão de pular para regular a altura, só que isso acaba tornando o processo engessado e as vezes contraintuitivo.
Por outro lado, a animação do protagonista é primorosa, capturando a agilidade, a curiosidade e as peculiaridades dos felinos de forma encantadora. Ver o gatinho se espreguiçar ao sol, tentar escalar uma superfície muito alta com determinação ou simplesmente derrubar um vaso de flores por puro capricho é bem divertido.

O som é um componente importante do jogo e ajuda a dar um ar de vida para a cidade. Os miados adoráveis do gatinho, o murmúrio do tráfego da cidade e os sons distintos de diferentes animais criam um ambiente sonoro envolvente e crível. A trilha sonora, muitas vezes caracterizada por melodias suaves e instrumentação alegre, complementa perfeitamente a natureza relaxante e despreocupada da experiência.
Review de Little Kitty, Big City – Vale a pena
Com cerca de 3 horas de duração, Little Kitty, Big City é um ótimo indie para ser consumido entre AAs e AAAs, contudo, ele não oferece muito para justificar o seu valor cheio. Eu recomendo que você aguarde uma promoção que torne a experiência mais convidativa para os bolsos.
É claro que isso tem uma exceção. Se você for um “gateiro”, aí a compra se torna obrigatória. O jogo presta uma rara homenagem aos felinos, respeitando seus trejeitos e hábitos, tornando-se uma experiência inesquecível para quem adora essas belas criaturas.
Little Kitty, Big City é um bom indie que entrega uma experiência formidável para os gateiros de plantão.
Pontos Positivos
- Captura a essência dos felinos com perfeição
- Ótimo trabalho sonoro com os miados
Pontos Negativos
- Mecânica de pular é engessada
- Diálogos poderiam ter voz
- História
- Jogabilidade
- Visuais
- Desempenho
- Som