Oriundo de Valencia, Espanha, o estudio independente Chibig vem, desde 2015, desenvolvendo aventuras em videogames dedicados a entregar experiências leves, relaxantes e acolhedoras para todos os públicos. Inicialmente, o foco estava na produção para celulares e demais dispositivos móveis. A transição ocorreu em 2018, com o advento de Deiland, o primeiro título maior e para consoles de mesa.
Os três maiores lançamentos, até o momento, foram resultados de boas campanhas de financiamento coletivo; a saber: Deiland: Pocket Planet e Summer in Mara. Estratégia essa que se provou bem eficaz para que o Chibig alcançasse novos territórios e partisse para jogos com escopos maiores como Koa and the Five Pirates of Mara e o jogo pelo qual estamos aqui.
Se aconchegue e vem ler o nosso review de Mika and the Witch’s Mountain.
Do que se trata o jogo?
Preciso, desde já, deixar claro que, conforme escrevi na introdução, os jogos da Chibig são pensados para serem experiências leves e relaxantes; não espere algo complexo de Mika and the Witch’s Mountain. O jogo, para mim, beira o território de jogos voltados para crianças de tão leve e simples que ele é. Isso, de forma alguma, é um demérito.
Em termos estéticos, logo de imediato podemos perceber que há uma série de referências aos trabalhos da Nintendo, como The Legend of Zelda: The Wind Waker – por sinal, podemos perceber essa ligação visual quase que imediatamente assim que abrimos o jogo.
Onde estamos?
A ideia dessa aventura é acompanhar a jornada de Mika, uma bruxinha em treinamento. A ideia central que move o jogo consiste em Mika aprender a usar vassouras magicas e voadoras para realizar entregas. Toda a aventura acontece em uma ilha charmosa chamada Mount Gaun, onde Mika deve provar sua proficiência em se locomover com as diversas vassouras voadoras que podem ser desbloqueadas, para que possa retornar ao topo da montanha para finalizar o seu treinamento.
Jogabilidade
Basicamente, a jogabilidade consiste em entregar pacotes de encomendas para os diversos residentes da ilha, e, assim, aprender a como navegar pelo território terrestre e marinho utilizando as diversas vassouras voadoras, atravessando arcos de pedra, que pedem a utilização de tuneis de ventos para que possamos alcança-los. Esses tuneis de vento impulsionam a gente horizontalmente ou verticalmente. Mas, mais uma vez, nada muito complexo. O jogo tambem dispõe de um singelo minimapa.
Eu tive que ajustar a sensibilidade dos controles, em especial, a velocidade de resposta aos direcionais. Esse aspecto, o que trata da responsividade dos direcionais, é minha única ressalva técnica.
Aspectos visuais e sonoros
A direção artística, como disse anteriormente, bebe muito da fonte de jogos da Nintendo, especialmente da franquia The Legend of Zelda, e, se a gente se esforçar, podemos até ver, em alguns momentos, algo que flerta com os trabalhos de estúdios de animações japonesas como o Studio Ghibl – mas tais elementos, ao menos para mim, fazem parte mais da direção artística em sua periferia.
Em relação aos efeitos sonoros, nada que seja memorável, porém nada que atrapalhe na experiência final do jogo. É mais uma categoria que foi pensada para trazer os elementos de um jogo simples e despretensioso, contribuindo como mais uma camada pensada em entregar leveza aos jogadores.
Opções de acessibilidade
Aqui a equipe da Chibig foi extremamente econômica, e a única opção que pode ser relacionada nesse tópico diz respeito sobre as variedades de idiomas, entre eles o Português. Porém, durante muitos momentos, notei que o processo de localização para nossa língua pode ter sido feito via ferramentas de tradução realizadas por inteligência artificial, mas nada que atrapalhe o entendimento visto a natureza super simples do jogo e sua narrativa.
Review de Mika and the Witch’s Mountain: Vale a Pena?
Mika and the Witch’s Mountain apresenta uma jogabilidade satisfatória, dinâmica, responsiva e direta ao ponto. Em momento algum a jogabilidade foi um agravante que impedisse a minha diversão e avanço no jogo.
A direção artística é muito competente e todos os elementos gráficos conversam entre si, e, juntos, contribuem muito para uma experiência visual muito boa que, aliada com a jogabilidade, criam uma experiência relaxante para aqueles que buscam apenas diversão singela, leve e dinâmica.
Mika and the Witch’s Mountain, devo ressaltar mais uma vez, apresenta o resultado de um jogo voltado para crianças, e não falo isso como um demérito. Recomendo Mika and the Witch’s Mountain para aqueles que desejam um intervalo entre jogos exigentes e/ou como uma pausa entre experiências imersivas e extensas.
- Narrativa
- Visuais
- Som
- Desempenho
- Jogabilidade