Quem leu a minha prévia de Overwatch 2 pode ter saído com a impressão que eu achei o game uma experiência fantástica – e embora positiva e com espaço para crescer, a realidade, na verdade, é que eu ainda tenho alguns questionamentos meio sérios sobre o título – que tentarei abordar nesse review, agora com pontuação.
Sem mais delongas, peço que leiam o review do Desconto em Games de Overwatch 2:
Jogabilidade excelente e engajante
Assim como anteriormente disse na prévia, Overwatch 2 se assemelha muito mais a uma evolução da ideia do shooter competitivo do que uma sequência propriamente dita – fato ainda mais evidente pelo simples fato que a prometida campanha PvE ainda não está disponível no jogo, tornando o launcher atual uma exata cópia do anterior, sem muitas novidades.
Mas o que queremos mesmo é a jogabilidade, e mesmo com mais algumas dezenas de partidas após a prévia, a minha opinião continua a mesma: o jogo está mais rápido, os papéis de cada personagem mais óbvios e a sincronia da equipe ainda mais importante.
Isso é especialmente perceptível pelo fato que eu notei estar precisando dedicar menos tempo do meu dia para jogar várias partidas de OW 2 do que há alguns anos, na primeira versão – um fato obviamente consequente do novo formato 5v5, e também de algumas novas opções do título, como o modo Push, em que cada time tem uma barricada e deve empurrar um robô até a do adversário. Jogando-o, não conseguia pensar que é uma espécie de futebol com armas, e gostei bastante.
Já os modos competitivos e casuais também estão de volta, com as mesmas opções já conhecidas do primeiro título – e, sinceramente, fundamentais para qualquer shooter online. Team Deathmatch, Assault e assim por diante. A experiência continua, então, excelente, e pelo menos nesse período antecipado, mesmo sem poder jogar com muitos amigos, não me senti frustrado com os estranhos online, embora me questiono se isso foi um amadurecimento meu ou algo que o jogo, de alguma forma, está cooperando.
Passe de batalha é bom esquema de progressão
Fora do gameplay, a principal mudança que Overwatch 2 traz é o adeus das lootboxes e a introdução do Passe de Batalha – formato de progressão que gosto muito, e que aqui foi implementado de uma forma interessante.
Existem duas formas do Passe de Batalha: a gratuita, que a Blizzard garante que qualquer personagem novo poderá ser obtido por ela, e a paga, com mais skins e cosméticos da temática do momento (que, nessa primeira temporada, é Cyberpunk).
Basicamente, conforme você joga o seu passe subirá de nível, e todas as recompensas podem ser obtidas até o nível 80. É o mesmo formato que jogos como Fortnite utilizam, e o dinheiro necessário (chamado Overwatch 2 Coins) para comprar a versão premium pode ser obtido por missões diárias e semanais – em geral, um ótimo formato, e que recompensa quem joga mais, em vez de deixar os itens para a sorte, como era com as lootboxes. Sinceramente, é uma mudança impressionante e agradável.
Afinal, qual a razão da existência de Overwatch 2?
Para concluir o review, gostaria de falar sobre uma reflexão pessoal minha. Sinceramente, quanto a este título, acho que o que mais me pega a todo momento é tentar entender a existência de Overwatch 2. Como falei na prévia, ele é uma evolução, uma nova fase do jogo anterior, agora em um modelo F2P e com o adeus das lootboxes – e também com a mudança de tamanho de equipe, que passa de seis membros nas jogatinas para cinco.
Mas isso justifica, afinal, o adeus completo ao título anterior? O servidor original foi desligado no começo dessa semana, e ainda existe uma enorme confusão em como achar o launcher do novo título, que nas lojas virtuais dos consoles ainda é o da primeira versão.
Tudo parece muito confuso, e ao mesmo tempo não exatamente explicado. O modelo de season pass, para novos jogadores, também parece um tanto nocivo, fazendo com que todos os personagens, mesmo os presentes na primeira versão, tenham que ser liberados para poderem ser utilizados.
Qual a decisão da Blizzard para explicar tudo isso, afinal? É isso que mesmo após horas com o jogo contínuo me perguntando – ele é inegavelmente divertido com potencial para crescer, mas qual o real futuro deste projeto, com essas mudanças, principalmente após seis anos do original, eu não consigo saber.
No fim, Overwatch 2 parece um esforço para adaptar o shooter competitivo a novas tendências do mercado – seja pela quantidade de jogadores, seja pelo modelo do passe de batalha. Como fã antigo, ainda consigo ver o jogo original ali, e os novos personagens muito me agradaram! Mas ao mesmo tempo, existe algo um tanto mórbido em saber que o ambiente original, que joguei tanto, não existe mais – sendo substituído por essa nova fase.
Vejamos o que o futuro, então, reserva para a franquia. As impressões são positivas, mesmo que agridoces, afinal.
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