Em março de 2023, The Last of Us Parte 1 havia sido lançado para o PC, com o objetivo de promover a série da HBO e levar a experiência para novos jogadores que nunca tiveram contato com o game no PS3/PS4. Apesar da ideia ter sido muito boa, sua execução deixou a desejar, decepcionando o público e tornando-se o jogo mais mal avaliado de 2023.
Foi aí que o problema acabou tomando uma proporção ainda maior! Milhares de jogadores resolveram pedir reembolso, devido a problemas graves de desempenho, crashes constantes, bugs de textura e até mesmo falhas durante a compilação de shaders. Não levou muito tempo para que The Last of Us Parte 2 Remastered fosse anunciado, criando uma grande expectativa no público e uma leve incerteza sobre o futuro do port.
Surpreendente ou não? Talvez! Mas o ponto que podemos chegar antes mesmo de concluir a análise, é que o jogo surpreende de forma positiva, transformando algo ruim do passado em um port QUASE PERFEITO.
Sente no banco, pegue seu violão e embarque em uma jornada de vingança, onde o luto e a dor da perda são apenas o contexto responsável pela vingança.

Esta Review foi produzida graças a um código de iOS cedido gentilmente pela PlayStation Brasil!
Pode ficar tranquilo(a), esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Um mundo cruel
The Last of Us Parte 2 se passa alguns anos após os acontecimentos da Parte 1. Ao receber uma mensagem da comunidade, Ellie parte em busca de respostas referentes ao sumiço de Joel e Tommy. As coisas começam a sair do controle após a descoberta de um grupo “cruel” e violento que está buscando vingança por acontecimentos do passado.
É com essa introdução que The Last of Us Parte 2 cria sua narrativa, envolvendo os jogadores emocionalmente e permitindo “degustar” de uma gameplay imersiva com um dos melhores combates e gun fight dos últimos anos.
Novidades da versão de PC
Assim como em todas as análises de ports para PC, a PlayStation, a Nixxes e a Iron Galaxy trazem ports das versões de grandes jogos da PlayStation Studios, só que dessa vez, a equipe acertou em cheio!
Mesmo se tratando de um jogo “pesado” e exigindo um PC com boas configurações, pudemos obter resultados satisfatórios, com belíssimos gráficos, introdução de tecnologias de upscaling como DLSS3, AMD FSR 3.1, melhorias no sistema de acessibilidade e muito mais! Confira abaixo as novidades referentes a versão de PC:
- Gráficos aprimorados – O jogo recebeu suporte ao Ray-Tracing, garantindo melhorias significativas no sistema de iluminação e sombreamento, além do HDR para tornar a imagem ainda mais realista, colorida e bonita.
- Recursos de Upscaling – O port recebeu tecnologias de Upscaling, como o NVIDIA DLSS 3 e AMD FSR 3.1.
- Conteúdo secundário – Assim como na versão de PS5, o jogo recebeu todas as expansões e conteúdos secundários já lançados, diário com todas as informações do desenvolvimento, trechos cortados do jogo original e a expansão Roguelite “Sem Volta”.
- Suporte ao DualSense no PC – Ao conectar o controle DualSense no PC, os jogadores poderão desfrutar do feedback háptico e gatilhos adaptáveis, aprimorando a experiência e imersão.
- Modos Gráficos – O jogo apresenta os Modos Performance e Qualidade, proporcionando resolução em 4K e taxas de quadros de até 120 FPS.

Desta vez, tive a oportunidade de jogá-lo apenas no meu notebook, onde fiquei impossibilitado de testar em uma RTX 5090 por estar fora do Brasil. Surpreendentemente, a RTX 4060 deu conta do recado, mesmo mantendo todas as configurações do game na qualidade “Alta”.
Durante os momentos em que explorava as áreas internas e externas, o jogo se manteve estável, garantindo uma experiência imersiva até mesmo com PCs mais fracos. Ao forçar mais a qualidade gráfica, o jogo sofria com leves engasgos, entretanto, permanecia jogável com uma quantidade reduzida de quadros por segundo.
Em pequenos trechos durante a minha gameplay, pude notar também que o jogo sofria para renderizar algumas texturas nas áreas abertas, mas é impossível realizar reclamações referentes a isso, tendo em vista que tudo está jogável e que pequenos problemas de textura são “comuns” nessas áreas.

Em suma, o port oferece bons resultados para os jogadores, com tecnologias de renderização responsáveis por manter a qualidade do jogo independente da configuração selecionada.
Bancada de Testes
Com o objetivo de oferecer uma análise acessível para os usuários mais leigos, resolvi separar as configurações utilizadas na minha bancada de testes, bem como as melhores configurações para a máquina.
Como mencionado anteriormente, desta vez, o teste foi realizado em apenas uma bancada, podendo sofrer alterações nas próximas semanas, devido ao teste em novas máquinas e melhorias de desempenho com novas atualizações que poderão ser disponibilizadas pela Nixxes e Iron Galaxy. Confira o teste realizado abaixo:

PC 1 – Notebook Gamer Alienware M16 R1
- Processador Intel Core i9 13900HX
- 16GB de RAM DDR5 5600MHz
- 1 TB M.2 SSD NVMe
- Placa de Vídeo GeForce RTX 4060
Resultado dos testes – Utilizando todas as configurações no “Média” ou “Alta” e com DLSS ativado, é possível atingir picos de 60/80 FPS sem sofrer com problemas de desempenho ou framedrops durante a jornada. Em pequenos trechos como a cidade, podemos notar problemas de texturas que são renderizadas ao nos aproximarmos.
Conclusão – Apesar do port oferecer inúmeras configurações manuais, o uso do Upscaling é essencial para obter bons resultados em áreas internas e externas.
Review de The Last of Us Parte 2 Remastered – Vale a Pena?
The Last of Us Parte 2 Remastered está longe de ser o melhor port desenvolvido pela Nixxes e Iron Galaxy, tendo grandes concorrentes no mercado como Marvel’s Spider-Man e Uncharted: Coleção Legado dos Ladrões. Mesmo assim, as melhorias gráficas e o alto desempenho do game são perceptíveis mesmo em máquinas mais “modestas”. The Last of Us foi responsável por marcar uma heração de jogadores e se popularizou ao ponto de receber uma série e atualizações constantes nos últimos anos.
O port da versão de PC é altamente recomendável para os jogadores que nunca tiveram contato com a franquia e até mesmo para aqueles que já zeraram/platinaram no PS4 ou PS5. Minha indicação durante o momento dessa análise é para que os jogadores que nunca jogaram comprarem o jogo agora mesmo e para aqueles que já jogaram, aguardar uma futura promoção.
Sem sombra de dúvidas, The Last of Us Parte 2 Remastered é um título essencial para todos os jogadores, explorando um universo onde emoção e ação se cruzam o tempo todo.
Superando os deslizes do passado, o port de The Last of Us Parte 2 Remastered chega para reafirmar o talento da Iron Galaxy e da Nixxes. Com avanços notáveis, o jogo se transforma em uma experiência essencial para os jogadores de PC, proporcionando uma mistura de adrenalina e emoção a cada minuto. Apesar de pequenos problemas de desempenho em áreas abertas, essas ocorrências são raras e não comprometem a qualidade geral da experiência.
Pontos Positivos
- Adição de tecnologias como o DLSS
- Belíssimos gráficos
- Narrativa impactante
Pontos Negativos
- Pequenos problemas de desempenho em áreas externas
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho