The Serpent Rogue é o novo jogo da Sengi Games, com publicação pela Team 17. Se você é fã de jogos com elementos roguelike, metroidvania e puzzles, esse jogo pode ser ideal para você.
O que é The Serpent Rogue?
Como dito anteriormente ele possui inúmeras inspirações, mas com certeza se fosse para o definir em um só seria roguelike. O jogo é ambientado em um mundo que está a beira da destruição, sob o domínio de uma entidade conhecida como Morbus. Que basicamente é uma energia corruptora que transforma toda vida selvagem e traz criaturas de volta do mundo dos mortos.
Você está no controle de Solomon e seu trabalho é derrotar Morbus e restaurar o mundo de volta a sua antiga forma. Mas sua jornada não será nada tranquila, pois o local se transformou completamente em trevas e cercada de perigos, onde toda sua população teme sair de casa. Porém o guerreiro destemido saí ao mundo em busca de lutar contra este mal, aprendendo mais sobre ele e como vencer.
Em sua jornada você irá colher ervas, derrotar inimigos, vasculhar cadáveres ou cavar terra que lhe renderá uma dezena de ingredientes para criação de itens. Ou seja, seu trabalho essencialmente é explorar o mundo, aprender sobre ele, catalogar todas as informações e criar equipamentos cada vez melhores para combate.
RPG apocalíptico
Durante a jornada você irá verificar de tudo e Solomon pode fazer uma arma como machado ou preparar uma vasta gama de poções que aumentam seu ataque ou defesa. Curiosamente, algumas receitas que você encontra permitirão que você faça poções de “transmogrificação” que basicamente transforma nosso protagonista em uma criatura completamente diferente.
Como dito anteriormente “The Serpent Rogue” é basicamente um roguelike, ou seja cada vez que você morrer, tudo muda, inimigos e eventos serão totalmente diferentes a cada encontro. E tudo que você faz neste mundo pode lhe trazer algo bom ou ruim, tudo é moldado por você e suas ações, por exemplo; caso você deixe muitos corpos para trás, atrairá monstros, ou caso ajude as pessoas, podem lhe gerar coisas positivas em momentos de apuros. Você como jogador deve medir suas ações e decidir que tipo de herói quer ser.
Após sua morte, você irá aparecer na “cidade principal”, uma espécie de hub central do jogo, seus itens e tudo que foi coletado ficará exatamente onde você deixou ao morrer, mas achar pode ser complicado, afinal de contas o mundo muda muito e você terá que ficar procurando seus itens por alguns minutos, mesmo que o jogo conte com viagem rápida, depois de um tempo, confesso que está mecânica fica bastante cansativa e estressante, principalmente quando você morre tentando achar. Diferentemente de um “Soul’s” onde você sabe exatamente onde suas almas ficaram, aqui leva tempo para achar e com certeza irá frustrar os jogadores mais ansiosos.
Direção de arte e trilha sonora que encantam
Quando falamos em gráficos, existe uma enorme diferença de resolução e detalhamento para imaginação e criatividade, The Serpent Rogue não entregará algo muito detalhado, muito comuns em grandes produções, mas o time desenvolvimento esbanja criatividade ao criar um mundo muito único e particular, que conversa com o jogo e transmite toda falta de esperança que está presente naquele lugar e principalmente como você não é bem-vindo.
Sua trilha sonora trabalha muito bem com essa parte artística, e em momentos de maiores aflições, a trilha sonora dá um show, deixando o player com a tensão que aquela situação com certeza iria gerar.
Falta diálogo entre combate e estilo de jogo
O combate é com certeza seu ponto mais fraco e por mais que seja cruel dizer isso, é muito fraco e exaustivo. Seu protagonista possui movimentos bem lentos e ás vezes pouco responsivos, e o que piora tudo é que seus inimigos normalmente são maiores e mais rápidos que você, deixando tudo ainda mais difícil.
Algo comum em roguelikes é seu combate extremamente divertidos e fluídos, como Returnal ou Hades, sei que a Sengi Games é um estúdio pequeno e não possui grande valor econômico para refinar determinados aspectos, mas talvez tenham errado em seu gênero, ao ser um jogo sobre repetição, seu combate tem que ser divertido o suficiente para fazer o jogador querer continuar jogando, e isto não acontece aqui. Além do ataque corpo a corpo, o uso de poções também levam tempo, apesar de sua criação se tornar simples com o passar do tempo, encontrar determinados itens lhe obrigará a avançar algumas casas durante o jogo, mas para chegar até lá, pode gerar certa raiva, pois você irá morrer algumas vezes e a vontade de continuar tentando vai diminuindo com o tempo.
O jogo se esforça para compensar isso, como o uso de animais que você pode domar para lhe auxiliar, mas não é o suficiente, por que o que está em suas mãos decepciona e você raramente sente que está de fato aprendendo, evoluindo com o jogo, a sensação que fica é que você está estudando para uma prova, e precisar decorar todos os movimentos de todos os inimigos para assim vencer as batalhas.
The Serpent Rogue: Vale a Pena?
Em sua jornada raramente você irá se deparar com algo repetido, sempre encontrando um quebra-cabeça ambiental, inimigo para lutar ou uma receita nova para aprender. Se você gosta de criar e coletar, e possui paciência para entender a proposta do jogo, The Serpent Rogue deve agradar.
Apesar de suas nuances principalmente na parte de produção de poções que em seu inicio pode te confundir um pouco, é um jogo que faz muito com o que tem. Consegue criar uma atmosfera que combina com aquilo que se propõe e esbanja beleza em seu cenários. Suas animações em sua maioria poderiam ser mais bem trabalhadas e seu combate deixa muito a desejar, mas caso você sinta uma facilidade, e consiga finalizar a aventura com pouco tempo de jogatina, pode ser que essa frustação ou enjoo nem cheguem a acontecer.
Um aspecto que vale ser ressaltado é que o jogo não possui localização em PT-BR, somente em inglês, caso tenha dificuldades com a língua é melhor não arriscar, pois o jogo possui muito texto para ser lido. The Serpent Rogue está disponível para PS5, Xbox Series, PC e Nintendo Swicth.
Essa review só foi possível graças a equipe da Team 17 que enviou uma chave de acesso antecipado ao jogo, a quem nós agradecemos muito pela confiança.
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