Babylon’s Fall é um título que, por ter o pedigree da Platinum Games, despertou grandes expectativas sobre sua qualidade. Porém, após seu anúncio e quanto mais informações iam aparecendo, dúvidas começara a ser estabelecidas.
O fato de ser um GaS, em especial, com promessas de novos conteúdos gratuitos constantes e um mundo expansível, já era algo que indicava um movimento contrário ao dos jogos normalmente conhecidos pela Platinum – e essa apreensão, infelizmente, foi confirmada, com o lançamento do jogo.
O Desconto em Games jogou o título nas últimas duas semanas, e preparamos uma análise sobre o jogo. Prepare-se.
Visuais Complicados
Logo de cara a primeira coisa que chama a atenção em Babylon’s Fall é como ele é um jogo feio. Se Elden Ring estava sendo chamado de “jogo de PS3”, fico em dúvida em como descrever este título.
Os modelos de personagens, em especial, são sujos e extremamente mal feitos, e junto de uma paleta de cores extremamente cinzenta, se misturam ao ambiente trazendo um combate confuso e que os indicadores visuais se perdem facilmente.
O visual do jogo, horrível, também se expande para icones e para o HUD. A maioria deles conta com uma tonalidade verde que se mistura com todos os prompts de ação do título, tornando extremamente confuso um simples ato de recolher um item de loot, por exemplo.
O mesmo loot, por sinal, que só é acessível no HUB principal do jogo e subindo uma escada, algo pouco intuitivo para uma função tão essencial do jogo – o que adiciona também uma péssima usabilidade aos pontos negativos do título.
Combate lembra, às vezes, títulos da Platinum
Saindo dos visuais e entrando na jogabilidade, temos em Babylon’s Fall um jogo que em seus momentos mais divertidos mostra que é um jogo da Platinum – o problema é que essas breves passagens estão separadas por missões repetitivas e sem graças contra centenas de monstros sem carisma.
O sistema “Gideon Coffin”, que permite o uso de até quatro armas ao mesmo tempo, é algo que remete muito ao estilo da Platinum, mas se torna decepcionante quando só é utilizado em todo seu potencial, para combos incríveis e satisfatórios, em momentos específicos da campanha.
Ao mesmo tempo, o sistema de loot do jogo, parte fundamental de um GaS, consegue ser curioso nas primeiras duas horas, mas após notar que a variedade de inimigos no título não é grande o suficiente para incentivar a busca por equipamentos que lidem melhor contra fulano ou cicrano, a experiência vai ficando menos engajante – o que ainda é ainda mais agravante quando o estilo de jogabilidade não muda, o que acontece são só números mais altos surgindo na tela a cada golpe.
Por fim, tentei ainda experimentar o jogo em seu multiplayer, com esperança que na companhia de amigos, a situação melhorasse. Não foi o que ocorreu, comigo e meus parceiros, na verdade, experimentando variadas frustrações por bugs como não conseguir entrar em certas áreas do jogo ou mesmo desconexões constantes.
Conclusão
A natureza dos jogos GaS pode fazer com que em uns anos, Babylon’s Fall se torne um título excelente, mas em seu lançamento é extremamente difícil recomendar o jogo.
Não vale a pena de forma alguma, sendo uma experiência que até parece fora da realidade do portfólio recente da Square Enix — talvez só se aproximando de Balan Wonderworld.
PS: Review feito com uma chave cedida pela Square Enix.