Formula 1 é um esporte que, para a maioria do público, se resume aos pilotos e seus carros em intensas corridas. A verdade, porém, é que existe toda uma burocracia e gerenciamento por trás que também atrai muita gente, principalmente quanto ao Campeonato Mundial de Montadoras.
Ferrari, Red Bull, McLaren e tantas outras estão sempre organizando, definindo custos, arrumando e testando configurações de carros que permitam uma melhor performance dos pilotos – e é focado neste lado mais estratégico que F1 Manager chega ao Xbox Series S/X, Xbox One, PS4, PS5 e ao PC, prometendo uma diferente perspectiva aos entusiastas do esporte. Confira nosso review:
Um mundo diferente de F1
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Em F1 Manager, você assume o papel de chefe de uma equipe a sua escolha. Basicamente, com isso, está em sua alçada contratar e escolher pilotos, discutir e aprovar o design do carro da temporada e definir os fabricantes das partes do veículo – algo que é bem diferente do ritmo mais simples de seleção em menus dos jogos de corrida comum do esporte.
Todas essas informações, porém, são apresentadas em interfaces de texto, e-mail e design que fazem muitas vezes o jogo lembrar muito mais algum aplicativo de gerenciamento utilizado por empresas do que propriamente um game – friso que isso não é uma reclamação, já que é o esperado de um simulador estratégico, mas que essa situação fica extremamente estranha ao jogar em uma TV, como no meu caso no Xbox, já que tudo parece voltado ao computador.
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Definida essas partes, o jogo vai seguindo o calendário da temporada e, em fins de semana específicos, começam os grandes prêmios – corridas em que o motor gráfico do jogo e o jogador presencia suas progressões, com elas também podendo ser jogadas, embora fica o aviso que ela está bem longe da experiência de F1 2022, com as poucas vezes que assumi o controle sentindo um jogo não tão eficiente nesses pontos.
Escolhas para vencer
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Outro ponto importante definido pelo jogo é o fato que como você está cuidando e gerenciando a equipe, muitas opções estão ao seu dispor. Todos sabemos que nesta temporada, por exemplo, a Red Bull está dando um show de performance, e para um carro superar, serão necessárias novas partes – o jogador tem a opção de deixar essas peças serem desenvolvidas ao tempo normal ou acelerar o processo em troca de mais custos e de possíveis defeitos, a famosa relação de risco e recompensa.
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Ao mesmo tempo, é também importante saber que se você estiver com uma equipe menor, a situação pode ser bem diferente, com essa estratégia nem podendo existir inicialmente – mas ai vai do seu gerenciamento conseguir em temporadas futuras mudar o cenário para que mais opções estejam disponíveis em seu leque, colocando um estranho sendo de conquista quando uma Haas consegue ter essas opções disponíveis após tanto esforço.
Além disso, a estatística de pilotos também conta no jogo, e perceber que ele não está tendo uma boa performance e pensar em formas de ajudá-lo (ou cortá-lo) traz um outro senso curioso a gente como eu que fica assistindo às corridas de domingo xingando as equipes por achar que poderia fazer melhor – o fato que estou, realmente, fazendo melhor.
Por fim, ainda mais importante, é na engine 3D que mostra as corridas, você como chefe de equipe pode passar estratégias para os motoristas. Voltando a situação de colocar o espectador como um agente neste mundo, é uma sensação bem única poder fazer todos os movimentos possíveis para que Lewis Hamilton ganhe, não se importando muito com o companheiro de equipe ou qualquer outro tipo de situação – muitas vezes o prejuízo é grande por uma decisão como essa, mas o senso de cumprir o que falamos assistindo corridas é extremamente prazeroso, mesmo que inviável.
Conclusão
Acho que durante o texto ficou óbvio que eu gostei de F1 Manager – mas é aqui na conclusão que escrevo a parte mais importante deste review: se possível, jogue-o no PC. Independente do jogo ser fantástico, o fato que ele é uma experiência em que menus e texto são muito mais comuns o torna muito melhor no computador (quem usa o console em um monitor talvez também consiga boas experiências, embora acredite que essa situação não é tão comum no Brasil).
Tirando esse pequeno problema, para fãs de F1 e para quem também gosta de dados, números e decisões de gerenciamento em um ambiente controlado e sem impacto real na vida, F1 Manager é um prato cheio. Já para o público somente entusiasta de pistas e carros, a melhor opção ainda são os jogos anuais da EA.
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