Às vezes podemos nos surpreender com jogos que parecem, inicialmente, não serem nada de mais. The Invencible é um desses exemplos, com uma premissa de jogo “walking simulator” que parece não dá nada, mas no fim torna-se uma cativante história sobre nosso espaço no universo e como somos pequenos. Confira no nosso review a seguir mais informações sobre este jogo:
Não estamos sozinhos
Encarnando Yasna, uma biologista que acorda em um planeta misterioso e busca por formas de lembrar o que estava fazendo, o jogo se torna uma jornada de exploração simples e curta, com cerca de cinco horas de duração, em que o jogador contempla o desconhecido do cosmos de maneira simples e efetiva.
O jogo não é uma fantasia de poder. The Invencible faz questão de mostrar que Yasna é humana, com seus esforços para escalar em detalhes ou mesmo em seu cansaço mais próximo do fim do jogo. O jogo brilha por mostrar que, na verdade, somos uma peça cósmica que, sem o devido cuidado, pode se machucar ou se deparar com situações aparentemente impossíveis de serem resolvidas, brilhando justamente por ser essa jornada contemplativa.
Explorar, reunir informações sobre a fauna, ir olhando e entendendo o ambiente em que Yasna está é importantíssimo, e vai fazendo a jornada ser uma de descobrimento acima de tudo. É interessante como mesmo nessa situação, o jogo ainda engaja o jogador graças aos impressionantes gráficos e como o título sempre parece estar jogando novas informações desse ambiente para a tela.
É uma aventura impressionante, sinceramente. Não tem muitas setpieces ou coisas do tipo, mas fascina pelo descobrimento e pela vontade de explorar. É uma ode ao desconhecido das estrelas, e sinceramente para quem gosta de sci-fi isso é incrível.
Pequenas decisões importam
O jogo também conta com uma série de decisões que afetam a progressão, sendo especialmente criadas para adicionar tensão ao ritmo de jogo. Sacrificar um equipamento para ajudar alguém, tentar carregar algo tóxico por mais alguns metros para poder investigar com mais afinco – tudo isso cria uma atmosfera de descoberta e de mistério, e, ao mesmo tempo, humana mesmo se passando no espaço, que ajuda muito o jogo, sinceramente.
E tudo isso, de maneira mais importante ainda, também adiciona para a impressão que temos que não somos nada comparado ao mundo do jogo. Somos somente um agente que está ali, totalmente aberto para qualquer desafio que apareça por simplesmente não temos ação sobre o que está acontecendo ali.
Nós não somos os protagonistas do universo, só temos a chance de explorá-lo, e isso é o que The Invencible deixa claro a todo momento. Devemos aproveitar nossa existência ao máximo e aproveitar também as estrelas, mas sabendo que nossa pequeneza em comparação a infinitude delas é muito menor do que realmente parece ser.
Tudo isso, claro, com um desempenho excelente no PS5, em que os tempos de loading são praticamente inexistentes permitindo que a jornada ocorra com uma fluidez incrível e que ajuda na imersão dessa aventura interestelar. Sinceramente, poucas vezes me senti tão imerso num jogo quanto em The Invencible, e o SSD com certeza é parte integrante dessa experiência.
Review de The Invencible: Vale a Pena!
Para um jogo baseado em um livro de mesmo nome de 1964, eu entrei em The Invencible não esperando nada e sai talvez com minha ideia de universo completamente modificada. Mesmo que tudo seja ficcional, é de suma importância pensar em como somos pequenos, e isso não é algo para ficar triste; pelo contrário, é uma coisa que deve nos elevar, que entre essa infinitude de coisas no universo nós estamos vivos e felizes, podendo fazer o que quisermos.
The Invencible talvez não seja para todo mundo, mas para quem tiver oportunidade e aguentar seu ritmo contemplativo, com certeza poderá aprender uma lição valiosa. Recomendo e muito.
- História e lore
- Desempenho
- Trilha sonora
- Jogabilidade